O El Niño, que teve início em junho deste ano, afetará o tempo em todas as regiões do Brasil nos próximos meses. Os efeitos do fenômeno são a seca severa na Amazônia, calor extremo no Sudeste e no Centro-Oeste e chuva volumosa no Sul do Brasil.
A MetSul Meteorologia destaca que o El Niño não se intensificou muitos nos últimos 30 dias, mas ainda se fortalece. O último boletim semanal sobre o estado do Oceano Pacífico da agência climática dos Estados Unidos (NOAA) indicou que a anomalia de temperatura da superfície do mar era de 1,6°C na denominada região Niño 3.4.
A região do Pacífico Equatorial Central é usada oficialmente como referência para definir se há El Niño e ainda avaliar sua intensidade. O valor positivo de 1,6°C está na faixa de El Niño forte (+1,5°C a +1,9°C).
Até quando segue o El Niño?
A MetSul explica que a tendência é que o fenômeno influencie o clima nos próximos meses com mais extremos no Brasil. Até o começo do outono de 2024 são esperadas condições de fase quente do Oceano Pacífico Equatorial.
O pico de intensidade do El Niño deve acontecer entre novembro e dezembro. Assim, novos extremos de chuva e seca devem ser esperados no País. Chuva com volumes muito acima da média são esperadas na região Sul até o fim do ano.
Nas próximas semanas, são esperados altos acumulados em parte do Centro-Oeste e do Sudeste, sobretudo no Mato Grosso do Sul e São Paulo. No Norte, a chuva deve seguir abaixo da média.
No Nordeste, a seca tende a se agravar principalmente em áreas mais ao norte da região, com piora maior esperada para os primeiros meses de 2024.
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