ATENÇÃO
Pressão alta também ocorre na infância; saiba mais
Médicos alertam e falam sobre a qualidade de vida das pessoas
Última atualização: 20/05/2024 19:44
A hipertensão arterial é uma doença que atinge em grande parte das vezes os adultos, afetando cerca de 30% da população brasileira. No entanto, o presidente do Departamento de Cardiologia da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), Jorge Afiune, alerta que a pressão alta também ocorre na infância.
De acordo com Afiune, por não ser predominante em crianças, a doença às vezes não é rotineiramente investigada. "Isso pode trazer retardos diagnósticos em menores que tenham problemas que podem ser corrigidos ou, até mesmo, começar tratamentos para permitir que essa hipertensão seja controlada antes de se tornar mais grave no futuro", diz.
O Dia Mundial da Hipertensão Arterial foi na última sexta-feira (17), e para marcar a data, a diretora médica do Pro Criança Cardíaca - projeto que cuida de portadores de doenças cardiovasculares em situação de vulnerabilidade -, Isabela Rangel, alertou sobre a importância da detecção precoce e da prevenção da hipertensão arterial em crianças e adolescentes.
"É muito importante que haja a conscientização de que a criança também pode ter hipertensão arterial e que o diagnóstico deve ser feito precocemente. Toda criança que vai ser avaliada pelo pediatra deve medir a pressão arterial", afirmou Isabela. Outro alerta importante é que essa conduta deve ser feita também no período neonatal.
A médica ainda diz que a aferição da pressão arterial precisa ser feita com frequência nas consultas dos pacientes adolescentes e crianças.
"Muitos pacientes, às vezes, são atendidos e não é aferida a pressão arterial durante a consulta. Se você não faz essa medição, muitas vezes a criança já tem essa condição que passa desapercebida pelo profissional de saúde porque, com frequência, o paciente é assintomático", destacou Isabela Rangel, em entrevista à Agência Brasil.
Doença tem a ver com o estilo de vida da sociedade
Estatísticas nacionais mostram que entre 3% e 15% de crianças e adolescentes brasileiros são afetados pela hipertensão arterial, embora Jorge Afiune avalie que o número mais aproximado seria entre 3% e 5%, dependendo da fonte, da população analisada e da prevalência.
O aumento do percentual para até 15%, em especial entre os adolescentes, estaria ligado aos fatores de sobrepeso e obesidade, cuja prevalência já está perto de 25% ou 30%, segundo o pediatra.
"É como se a hipertensão fosse a ponta de um iceberg, que é mais complexo e tem a ver com o estilo de vida da nossa sociedade, o que está afetando cada vez mais cedo as crianças com as doenças de adulto."
Sedentarismo
Jorge Afiune esclareceu que o modelo da doença de hipertensão do adulto está chegando mais cedo hoje, muito provavelmente pela mudança do estilo de vida da sociedade. Os fatores de risco incluem sedentarismo, sobrepeso, obesidade, excessivo tempo de tela, poucas políticas públicas voltadas ao estímulo de atividades físicas e ao esporte.
Acrescentou que esses são problemas mais ligados às classes sociais média e baixa, porque a classe alta tem a possibilidade de buscar soluções para o problema.
A hipertensão arterial é uma doença que atinge em grande parte das vezes os adultos, afetando cerca de 30% da população brasileira. No entanto, o presidente do Departamento de Cardiologia da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), Jorge Afiune, alerta que a pressão alta também ocorre na infância.
De acordo com Afiune, por não ser predominante em crianças, a doença às vezes não é rotineiramente investigada. "Isso pode trazer retardos diagnósticos em menores que tenham problemas que podem ser corrigidos ou, até mesmo, começar tratamentos para permitir que essa hipertensão seja controlada antes de se tornar mais grave no futuro", diz.
O Dia Mundial da Hipertensão Arterial foi na última sexta-feira (17), e para marcar a data, a diretora médica do Pro Criança Cardíaca - projeto que cuida de portadores de doenças cardiovasculares em situação de vulnerabilidade -, Isabela Rangel, alertou sobre a importância da detecção precoce e da prevenção da hipertensão arterial em crianças e adolescentes.
"É muito importante que haja a conscientização de que a criança também pode ter hipertensão arterial e que o diagnóstico deve ser feito precocemente. Toda criança que vai ser avaliada pelo pediatra deve medir a pressão arterial", afirmou Isabela. Outro alerta importante é que essa conduta deve ser feita também no período neonatal.
A médica ainda diz que a aferição da pressão arterial precisa ser feita com frequência nas consultas dos pacientes adolescentes e crianças.
"Muitos pacientes, às vezes, são atendidos e não é aferida a pressão arterial durante a consulta. Se você não faz essa medição, muitas vezes a criança já tem essa condição que passa desapercebida pelo profissional de saúde porque, com frequência, o paciente é assintomático", destacou Isabela Rangel, em entrevista à Agência Brasil.
Doença tem a ver com o estilo de vida da sociedade
Estatísticas nacionais mostram que entre 3% e 15% de crianças e adolescentes brasileiros são afetados pela hipertensão arterial, embora Jorge Afiune avalie que o número mais aproximado seria entre 3% e 5%, dependendo da fonte, da população analisada e da prevalência.
O aumento do percentual para até 15%, em especial entre os adolescentes, estaria ligado aos fatores de sobrepeso e obesidade, cuja prevalência já está perto de 25% ou 30%, segundo o pediatra.
"É como se a hipertensão fosse a ponta de um iceberg, que é mais complexo e tem a ver com o estilo de vida da nossa sociedade, o que está afetando cada vez mais cedo as crianças com as doenças de adulto."
Sedentarismo
Jorge Afiune esclareceu que o modelo da doença de hipertensão do adulto está chegando mais cedo hoje, muito provavelmente pela mudança do estilo de vida da sociedade. Os fatores de risco incluem sedentarismo, sobrepeso, obesidade, excessivo tempo de tela, poucas políticas públicas voltadas ao estímulo de atividades físicas e ao esporte.
Acrescentou que esses são problemas mais ligados às classes sociais média e baixa, porque a classe alta tem a possibilidade de buscar soluções para o problema.
De acordo com Afiune, por não ser predominante em crianças, a doença às vezes não é rotineiramente investigada. "Isso pode trazer retardos diagnósticos em menores que tenham problemas que podem ser corrigidos ou, até mesmo, começar tratamentos para permitir que essa hipertensão seja controlada antes de se tornar mais grave no futuro", diz.