Em entrevista coletiva, o superintendente da Polícia Técnica Científica de São Paulo, Claudinei Salomão, afirmou ser provável que nenhuma das 62 vítimas do acidente aéreo que aconteceu há uma semana, em Vinhedo, interior paulista, tenha sofrido.
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“Uma queda de quatro mil metros em menos de dois minutos faz com que o corpo humano sofra movimentações tão sérias que levam ao desmaio. A morte de todos ocorreu na batida, através dos inúmeros traumas sofridos, mas a tendência é que todos já estivessem desmaiados”, explicou.
Além disso, Salomão afirmou que, pela forma como os corpos das vítimas foram encontrados, os passageiros tenham sido alertados sobre a iminente queda do ATR-72 da Voepass, que voava de Cascavel, no Paraná, para Guarulhos, em São Paulo. Na chamada “brace”, a cabeça fica entre os joelhos e a pessoa abraça as pernas, visando reduzir os impactos na colisão com o solo.
“Essa posição em que grande parte dos corpos foram encontrados favoreceu muito o trabalho pericial, pois as mãos estavam íntegras. Isso oportunizou que a identificação papiloscópica fosse feita, reconhecendo as vítimas através das digitais”, completa.
Todas as 62 vítimas do acidente aéreo já foram identificadas pelo Instituto Médico Legal (IML) de São Paulo. Até a manhã desta sexta-feira (16), 42 corpos foram liberados aos familiares.
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