Uma semana após um corpo ter sido encontrado dentro de uma geladeira no Sergipe, a Polícia Civil confirmou que a vítima era o advogado e jornalista gaúcho Celso Adão Portella. O caso aconteceu no dia 20 de setembro durante uma ação de despejo em um apartamento no bairro Suíssa, em Aracaju.
Em coletiva de imprensa na manhã desta quinta-feira (28) em Aracaju, foi explicado que a identificação do corpo foi feita através de exames periciais realizados pelos institutos Médico Legal (IML) e de Criminalística (IC). A investigação segue para identificar a causa da morte e como o corpo foi conservado.
Segundo o delegado Tarcísio Tenório, a mulher que morava no apartamento onde o corpo foi achado foi presa em flagrante, logo após ser tratada de lesões provocadas por ela mesma, mas que atualmente se encontra internada no Hospital de Custódia e Tratamento Psiquiátrico (HCTP).
Na residência, os policiais também encontraram uma criança de quatro anos que estava em situação de maus-tratos. A mulher é genitora da menina. A criança foi entregue ao Conselho Tutelar e encaminhada para um familiar.
“No apartamento, o perito constatou um corpo em posição fetal dentro de uma mala. Pelos relatos, a mala foi encontrada dentro da geladeira. Na mala, o perito constatou a presença de um cadáver semi-esqueletizado”, diz o diretor do IC, Luciano Homem. O corpo estava em avançado estado de putrefação, conforme análise do IML.
Causa da morte ainda é investigada
Para esclarecer toda a dinâmica que envolveu o crime de ocultação de cadáver, outros procedimentos periciais serão realizados.
O inquérito está próximo de ser concluído, conforme o delegado Tarcísio Tenório. “A parte cartorária com oitivas estão praticamente concluídas. Temos todos os elementos para avançar na conclusão do inquérito policial”, conclui.
Jornalista atou em rádios até a década de 1980
Portella, que tem passagens pelas rádios Farroupilha e Gaúcha entre as décadas de 1970 e 1980, era natural de Ijuí e deixa quatro filhos.
Suspeita teria tido relacionamento amoroso com gaúcho
A suspeita, que é técnica de enfermagem, teria tido um relacionamento amoroso com o gaúcho. “A mulher confessou que havia guardado o corpo daquele senhor dentro da geladeira. Ela fala que não matou a vítima e que teria saído para trabalhar e encontrado o homem morto. Por medo, ela guardou o corpo na geladeira. Ela disse que o fato teria ocorrido em 2016”, detalhou a delegada Roberta Fortes na semana passada.
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