INVESTIGAÇÃO

Polícia Civil abre inquérito contra fisioterapeuta que fez dancinha com recém-nascido no bolso

Após o Crefito-10 abrir um processo ético disciplinar, a Polícia Civil também investigará a profissional

Publicado em: 17/08/2023 15:22
Última atualização: 17/08/2023 15:22

A Polícia Civil de Santa Catarina irá apurar o caso de uma fisioterapeuta que fez uma "dancinha" com um bebê dentro do bolso do jaleco. As imagens foram registradas dentro do Hospital e Maternidade Marieta Konder Bornhausen, em Itajaí, no litoral norte catarinense. 


Funcionária de hospital em Santa Catarina dança com bebê dentro do bolso de uniforme Foto: Reprodução/Redes Sociais

O hospital afirma que tomará medidas jurídicas contra a funcionária, cujo nome não foi divulgado, conforme a Folha de São Paulo. A mulher já foi afastada do trabalho. O hospital também divulgou que o bebê, que é um recém-nascido, está bem e continua internado apenas para ganhar peso. 

"O bebê passou por exames médicos, está em ótimas condições e não apresentou qualquer dano decorrente dos atos pela fisioterapeuta que aparece no vídeo", diz o hospital, em nota. 

A Polícia Civil disse nesta quarta-feira (16) que um inquérito foi aberto para apurar o caso. A delegada Vivian de Andrade Matos, da Delegacia de Proteção à Criança ao Adolescente, à Mulher a ao Idoso, DPCAMI, de Itajaí, é a encarregada do caso. 

O Ministério Público do estado também abriu procedimento. O caso irá tramitar em sigilo na 4° Promotoria de Justiça de Itajaí. 

Já a Secretaria de Estado da Saúde de Santa Catarina, falou que lamenta o episódio e afirma que situações do tipo são inadmissíveis. A pasta ainda afirmou que acompanhará as investigações. Apesar o hospital não integrar a rede do estado, ele tem parceria para atendimento pelo SUS. 

O Conselho Regional de Fisioterapia e Terapia Ocupacional da 10ª Região, Crefito-10, também repudia a "atitude inconsequente" da profissional. 

"Caso comprovado se tratar de profissional fisioterapeuta, ocorrerá a suspensão cautelar do exercício profissional até a conclusão do processo ético disciplinar competente", disse o conselho. 

Além do mais, o hospital também publicou uma nota repudiando a situação. "Com 380 partos mensais em média, o Hospital Marieta tem no respeito e na humanização ao recém-nascido e às parturientes sua premissa de trabalho há várias décadas. Este ato isolado não pode manchar a imagem de centenas de profissionais que atuam na unidade e zelam diariamente cuidando dos bebês."

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