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MATO GROSSO DO SUL

Polícia afirma que médico gaúcho fazia parte de esquema de estelionato; mulher é apontada como mandante do crime

Assim como a mandante, outros três suspeitos de envolvimento no assassinato de Gabriel Rossi foram presos na segunda-feira

Nadine Funck
Publicado em: 08/08/2023 às 17h:00 Última atualização: 08/08/2023 às 17h:02
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A investigação da Polícia Civil indica que o médico gaúcho Gabriel Rossi, de 29 anos, encontrado morto com as pernas e mãos amarradas em Dourados, no Mato Grosso do Sul, fazia parte de um esquema de estelionato. A vítima teria sido morta por cobrar dívidas relacionadas à suspeita Bruna Nathalia de Paiva, uma das quatro pessoas presas em Minas Gerais na segunda-feira (7). Ela é apontada como mandante do crime.

Gabriel Rossi foi encontrado morto em uma casa em Dourados | Jornal NH



Gabriel Rossi foi encontrado morto em uma casa em Dourados

Foto: Reprodução

Além da mulher, outros três suspeitos de envolvimento na morte de Rossi foram identificados: Gustavo Kenedi Teixeira, Guilherme Augusto Santana e Keven Rangel Barbosa. Todos foram presos em Minas Gerais e levados para a cidade onde aconteceu o assassinato. As informações são do O Globo.

O espaço está aberto para posicionamento das defesas.

Qual a relação do médico com o esquema?

Ainda conforme a investigação, a relação do gaúcho com o crime era intermediada por Bruna, com quem tinha amizade. Ele recebia, por meio de ações fraudulentas, documentos enviados pela suspeita. Além disso, fazia saques e tinha retorno financeiro. 

O desentendimento com a mulher teria sido causado por uma das atividades, que gerou uma quantia que ela não aceitou pagar – e então, ao ser cobrada, decidiu planejar o assassinato do médico.

Onde o corpo foi encontrado

De acordo com o delegado Erasmo Cubas, responsável pelo caso, Bruna morava em Minas, mas alugou duas moradias em Dourados, para onde se deslocaram os três comparsas. Um dos imóveis, onde aconteceu o assassinato, foi alugado por 15 dias. O outro, no entanto, apenas por uma noite. 

A Polícia acredita que o objetivo da mandante era ficar na cidade por apenas dois dias, tempo suficiente para que o plano fosse colocado em prática e o corpo deixado no imóvel locado por mais tempo para, propositalmente, ser encontrado. Bruna, no entanto, não esteve no local do crime.

Rossi ainda estava vivo

O médico foi torturado e abandonado ainda vivo, de acordo com a Polícia. Um objeto pontiagudo foi inserido em sua garganta, e um saco plástico, usado na sessão de tortura, foi achado no imóvel. “A causa da morte do gaúcho foi por asfixia, causada provavelmente por um estrangulamento da vítima, bem como a lesão na parte anterior do pescoço, sendo que de início não apresenta outras lesões pelo corpo”, explica Cubas.

Natural de Santa Cruz do Sul, no Vale do Rio Pardo, Rossi foi dado como desaparecido em 26 de julho, quando deixou o plantão no Hospital da Cassems, em Dourados. Ele também trabalhava na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) e no Hospital da Vida. 

O corpo do médico foi encontrado na última quinta-feira (3). O funeral do médico aconteceu no fim de semana, na cidade onde nasceu. 

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