ETNOTURISMO E ECOTURISMO
Pensando em viajar? Terras indígenas oferecem opções sustentáveis a turistas; conheça
Além do contato com a natureza, visitante pode aproveitar proximidade com a cultura de povos originários
Última atualização: 05/03/2024 07:46
Responsáveis pela criação da identidade brasileira, os povos indígenas carregam importantes elementos culturais, étnicos e, também, turísticos em nosso País. Iniciativas por parte desta população que aliam o turismo ao resgate da cultura indígena, à preservação do meio ambiente e à geração de renda para as comunidades têm sido cada vez mais comuns no País.
Em Porto Seguro (BA), no Nordeste, há a Reserva Indígena Pataxó da Jaqueira, situada a cerca de 10 km do Centro. O atrativo é um prato cheio para quem gosta de viagens regenerativas, com contato com a natureza e com a cultura local.
Entre as atividades estão caminhada pela Mata Atlântica, demonstração de tipos de armadilhas usadas para captura de pequenos animais, arremesso de arco e flecha, ritual de confraternização com música e dança e degustação de peixe assado na folha de patioba. Nos passeios com pernoites são incluídos banhos de rio, oficinas de artesanato e luau.
Os turistas também podem encontrar atividades turísticas em terras indígenas no Centro-Oeste. O Parque Nacional do Xingu, em Mato Grosso, é um excelente destino para isso. O local abriga 15 tribos e quatro grupos linguísticos, com crenças, rituais e cerimônias que são ótimas experiências. Destacam-se, por exemplo, a aldeia dos Waurá e Trumai, que recebem os seus visitantes com danças típicas.
A Terra Indígena Tenondé Porã, comunidade com sete aldeias situadas no extremo sul da cidade de São Paulo (SP), é outro exemplo disso. Por lá, o Turismo Sustentável e de Base Comunitária é utilizado como forma de valorização e fortalecimento cultural, dissolução de preconceitos e preservação das matas. Seguindo estas premissas, o roteiro oferta aos visitantes a rotina da aldeia indígena com mutirões agroecológicos, entre outras atividades.Para finaliza o roteiro, tem a Comunidade Indígena Raposa 1, localizada no estado de Roraima. A região iniciou a atividade turística em 2019 e já é reconhecida por conta do trabalho de conscientização que foi feito pelos moradores da região sobre a importância do turismo para o desenvolvimento do local. Hoje, os turistas podem realizar roteiros de etnoturismo, onde são apresentadas as histórias dos indígenas, as principais lendas, gastronomia, bebidas e tradições; e de ecoturismo, em que o visitante aproveita as belezas naturais da comunidade, como as cachoeiras, trilhas na região e banhos nas cachoeiras e lagos.
É importante destacar que todas as iniciativas de etnoturismo e de ecoturismo em terras indígenas são disciplinadas pela Instrução Normativa Nº 3 da Funai. De acordo com a fundação, as comunidades indígenas têm autonomia para desenvolver projetos de turismo em seus territórios, cabendo ao poder público o papel de monitorar e fiscalizar as atividades nas aldeias. As visitações são agendadas com os próprios representantes das comunidades ou agências de turismo autorizadas por eles.
Mapa do turismo responsável
Alguns dos destinos acima fazem parte do Mapa do Turismo Responsável, plataforma do Ministério do Turismo. Trata-se de uma ferramenta on-line interativa que compila dados das principais iniciativas do tipo no território nacional, permitindo a geração de gráficos, tabelas e planilhas com informações detalhadas (acesse aqui o mapa). O sistema, que inicialmente lista 168 projetos, serve de referência para novas soluções e investimentos públicos e privados na área, além de representar uma importante fonte de consulta a turistas e à sociedade em geral.
O mapeamento é fruto de ampla pesquisa, com consultas a órgãos oficiais de Turismo estaduais e municipais. Os dados, passíveis de atualização, abrangem, entre outros, projetos consagrados no Prêmio Braztoa de Sustentabilidade, bem como detentores da Bandeira Azul, certificação internacional voltada a praias, marinas e embarcações turísticas que, comprovadamente, seguem critérios de gestão ambiental e de responsabilidade social.
Experiências do Brasil original
O projeto apoiará a estruturação de roteiros turísticos em comunidades tradicionais do país, valorizando e conferindo visibilidade a comunidades indígenas e quilombolas. A iniciativa prevê ações de diagnóstico, capacitação, estruturação e comercialização, possibilitando também a inserção de produtos e serviços locais e fortalecendo o turismo de base comunitária.
Responsáveis pela criação da identidade brasileira, os povos indígenas carregam importantes elementos culturais, étnicos e, também, turísticos em nosso País. Iniciativas por parte desta população que aliam o turismo ao resgate da cultura indígena, à preservação do meio ambiente e à geração de renda para as comunidades têm sido cada vez mais comuns no País.
Em Porto Seguro (BA), no Nordeste, há a Reserva Indígena Pataxó da Jaqueira, situada a cerca de 10 km do Centro. O atrativo é um prato cheio para quem gosta de viagens regenerativas, com contato com a natureza e com a cultura local.
Entre as atividades estão caminhada pela Mata Atlântica, demonstração de tipos de armadilhas usadas para captura de pequenos animais, arremesso de arco e flecha, ritual de confraternização com música e dança e degustação de peixe assado na folha de patioba. Nos passeios com pernoites são incluídos banhos de rio, oficinas de artesanato e luau.
Os turistas também podem encontrar atividades turísticas em terras indígenas no Centro-Oeste. O Parque Nacional do Xingu, em Mato Grosso, é um excelente destino para isso. O local abriga 15 tribos e quatro grupos linguísticos, com crenças, rituais e cerimônias que são ótimas experiências. Destacam-se, por exemplo, a aldeia dos Waurá e Trumai, que recebem os seus visitantes com danças típicas.
A Terra Indígena Tenondé Porã, comunidade com sete aldeias situadas no extremo sul da cidade de São Paulo (SP), é outro exemplo disso. Por lá, o Turismo Sustentável e de Base Comunitária é utilizado como forma de valorização e fortalecimento cultural, dissolução de preconceitos e preservação das matas. Seguindo estas premissas, o roteiro oferta aos visitantes a rotina da aldeia indígena com mutirões agroecológicos, entre outras atividades.Para finaliza o roteiro, tem a Comunidade Indígena Raposa 1, localizada no estado de Roraima. A região iniciou a atividade turística em 2019 e já é reconhecida por conta do trabalho de conscientização que foi feito pelos moradores da região sobre a importância do turismo para o desenvolvimento do local. Hoje, os turistas podem realizar roteiros de etnoturismo, onde são apresentadas as histórias dos indígenas, as principais lendas, gastronomia, bebidas e tradições; e de ecoturismo, em que o visitante aproveita as belezas naturais da comunidade, como as cachoeiras, trilhas na região e banhos nas cachoeiras e lagos.
É importante destacar que todas as iniciativas de etnoturismo e de ecoturismo em terras indígenas são disciplinadas pela Instrução Normativa Nº 3 da Funai. De acordo com a fundação, as comunidades indígenas têm autonomia para desenvolver projetos de turismo em seus territórios, cabendo ao poder público o papel de monitorar e fiscalizar as atividades nas aldeias. As visitações são agendadas com os próprios representantes das comunidades ou agências de turismo autorizadas por eles.
Mapa do turismo responsável
Alguns dos destinos acima fazem parte do Mapa do Turismo Responsável, plataforma do Ministério do Turismo. Trata-se de uma ferramenta on-line interativa que compila dados das principais iniciativas do tipo no território nacional, permitindo a geração de gráficos, tabelas e planilhas com informações detalhadas (acesse aqui o mapa). O sistema, que inicialmente lista 168 projetos, serve de referência para novas soluções e investimentos públicos e privados na área, além de representar uma importante fonte de consulta a turistas e à sociedade em geral.
O mapeamento é fruto de ampla pesquisa, com consultas a órgãos oficiais de Turismo estaduais e municipais. Os dados, passíveis de atualização, abrangem, entre outros, projetos consagrados no Prêmio Braztoa de Sustentabilidade, bem como detentores da Bandeira Azul, certificação internacional voltada a praias, marinas e embarcações turísticas que, comprovadamente, seguem critérios de gestão ambiental e de responsabilidade social.
Experiências do Brasil original
O projeto apoiará a estruturação de roteiros turísticos em comunidades tradicionais do país, valorizando e conferindo visibilidade a comunidades indígenas e quilombolas. A iniciativa prevê ações de diagnóstico, capacitação, estruturação e comercialização, possibilitando também a inserção de produtos e serviços locais e fortalecendo o turismo de base comunitária.
Em Porto Seguro (BA), no Nordeste, há a Reserva Indígena Pataxó da Jaqueira, situada a cerca de 10 km do Centro. O atrativo é um prato cheio para quem gosta de viagens regenerativas, com contato com a natureza e com a cultura local.
Entre as atividades estão caminhada pela Mata Atlântica, demonstração de tipos de armadilhas usadas para captura de pequenos animais, arremesso de arco e flecha, ritual de confraternização com música e dança e degustação de peixe assado na folha de patioba. Nos passeios com pernoites são incluídos banhos de rio, oficinas de artesanato e luau.