A montadora alemã BMW se pronunciou sobre a morte de quatro jovens com idades entre 16 e 24 anos dentro de um carro da marca na manhã do dia 1º, no pátio da estação rodoviária de Balneário Camboriú (SC). A Polícia Civil investiga e todos os indícios apontam para um caso de intoxicação e asfixia por monóxido de carbono.
Os jovens estavam em uma BMW modelo 320I M Sport, ano 2022, ainda emplacada em Paracatu (MG), de onde os jovens saíram um mês atrás para tentar a vida como empreendedores de redes sociais em Florianópolis (SC). A Tabela Fipe aponta que o carro vale aproximadamente R$ 250 mil. O veículo ainda estava no nome da antiga proprietária.
A Polícia Civil de Santa Catarina já confirmou que o carro havia passado recentemente por uma customização no sistema de escapamento justamente para aumentar o ronco do motor. Vídeo feito por policiais em uma perícia preliminar aponta um vão de aproximadamente um centímetro e meio na conexão entre o sistema de escapamento e o motor da BMW.
Tudo indica que os gases produzidos pelo carro acabaram “vazando” para o sofre do motor e foram jogados para dentro do habitáculo pelo sistema de ar condicionado.
O monóxido de carbono não tem cheiro, ou seja, as pessoas não percebem de imediato que estão sendo intoxicadas. As moléculas deste gás tóxico se ligam à hemoglobina, dificultando a distribuição de oxigênio. Tontura, náusea e sonolência são os primeiros sintomas. E os jovens passaram mal enquanto estavam com o carro estacionado na rodoviária de Balneário Camboriú.
Por meio de nota, a BMW diz que lamenta o incidente e destaca que não há registro desse tipo de incidente em modelos originais de fábrica. A fábrica da marca no Brasil fica em Santa Catarina. “O BMW Group Brasil lamenta o incidente e reforça que não tem registro de casos similares envolvendo o modelo BMW 320i original de fábrica. O BMW Group Brasil está à disposição das autoridades para esclarecimentos”, diz o texto.
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