Após um episódio de chuva causado por uma frente fria associada à formação de um ciclone bomba no Oceano Atlântico que deixou estragos no Rio Grande do Sul no começo desta semana, uma nova onda de instabilidade deve ser esperada entre a sexta (6) e a próxima segunda-feira (9). A chegada desta precipitação, a segunda em menos de sete dias, deve deixar a população dos três estados da Região Sul do Brasil em alerta.
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Conforme a meteorologista Estael Sias, da MetSul Meteorologia, há “alto risco de chuva localmente forte a intensa com temporais isolados”. “Em algumas áreas, como a metade sul do RS, o risco de instabilidade forte tende a se concentrar em apenas um dia. Por outro lado, em locais de Santa Catarina e do Paraná, o risco de chuva localmente forte e temporais perdurará por dias seguidos, entre esta sexta e o começo da semana que vem”, explica a meteorologista.
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O que deve acontecer a cada dia
O que preveem os meteorologistas é a atuação de uma área de baixa pressão, que deve atuar no Rio Grande do Sul na sexta-feira e contribuirá para instabilizar o tempo em toda a Região Sul.
No sábado (7), uma forte massa de ar frio para os padrões de dezembro ingressará no Estado. Esse fenômeno ativará uma frente fria com chuva forte e temporais na metade norte do RS, principalmente no começo do dia.
No decorrer das horas, o tempo firma na maior parte do território gaúcho, mas a instabilidade deve atingir os outros dois estados. “A frente, entretanto, deve passar à semi-estacionária no fim de semana sobre Santa Catarina e o Paraná, gerando chuva forte e temporais isolados em diversas cidades ao passo que no Rio Grande do Sul o tempo deve melhorar.”
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No domingo (8), o tempo deve seguir instável com risco de chuva forte a intensa em alguns locais, bem como possibilidade de temporais isolados. No Rio Grande do Sul, sob atuação de ar mais seco e frio, o tempo estará firme em muitas cidades com instabilidade na metade norte.
Na segunda-feira, áreas do Sul do Brasil ainda podem registrar chuva, mas baixa a possibilidade de tempo severo localizado. Em parte do Rio Grande do Sul, o tempo pode voltar a se instabilizar. Estael avalia que essa permanência da precipitação por vários dias “será determinante para que os volumes de chuva sejam, elevados a muito elevados em algumas áreas”.
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Acumulados de chuva
A meteorologista alerta que os acumulados em algumas áreas podem ser excessivos, com volumes superiores à média histórica do mês todo em apenas dois a três dias. Os mapas analisados pela MetSul indicam que a chuva deve passar de 100 mm em vários pontos do Sul do Brasil. Em alguns locais, a precipitação pode somar marcas tão altas quanto 150 mm a 200 mm, “não se afastando marcas isoladas superiores”.
Ou seja, há risco de alagamentos e inundações nas áreas com os maiores acumulados.
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Onde deve chover mais?
De acordo com Estael, os dados sugerem que o maior risco de altos volumes se concentrará no noroeste e no norte do Rio Grande do Sul, no oeste e no meio-oeste de Santa Catarina e no Paraná, mas outras áreas também devem ter chuva localmente forte.
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É alta a probabilidade de temporais isolados acompanharem a instabilidade com precipitação forte e raios, bem como queda isolada de granizo e rajadas de vento. “É fundamental esclarecer que, no caso do Rio Grande do Sul, o cenário é muito diferente do último domingo. No começo desta semana, uma poderosa linha de instabilidade avançou sobre o Estado, estendendo-se de oeste a leste por centenas de quilômetros, e que foi intensa durante sua passagem do sul ao norte gaúcho”, explica a especialista.
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