Preso neste domingo (14), o influenciador gaúcho e ex-BBB Nego Di teria lesado 370 pessoas com a venda de produtos por meio de uma loja virtual.
Nego Di é preso na praia de Jurerê, em Florianópolis (SC).
Vídeo: Polícia Civil pic.twitter.com/JD7RzpVdGe
— Jornal NH (@jornalnh) July 14, 2024
O comércio, do qual Dilson Alves da Silva Neto é proprietário, nunca entregou os produtos comprados. Ao todo, ele teria movimentado na época em que promoveu a loja, em 2022, mais de R$ 5 milhões.
Segundo o G1, a “Tadizuera” operou entre 18 de março e 26 de julho de 2022, mas foi tirada do ar pela Justiça. Nego Di divulgava a empresa em seus perfis nas redes sociais. Eram vendidos produtos como aparelhos de ar-condicionado e televisores, com preços abaixo do de mercado.
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A Polícia Civil estima que o prejuízo dos clientes lesados seja de cerca de R$ 330 mil, mas como ele movimentou milhões de reais, acredita que hajam mais vítimas do que as 370 que chegaram ao conhecimento das autoridades.
Preso em Santa Catarina
O influenciador gaúcho e ex-BBB Nego Di foi preso na manhã deste domingo por estelionato. Segundo a Polícia Civil, agentes do Rio Grande do Sul cumpriram um mandado de prisão contra ele em uma residência na praia de Jurerê, em Florianópolis, Santa Catarina.
A defesa de Nego Di, representada pelo advogado Hernani Fortini, se posicionou por meio de nota e disse que está “tomando todas as medidas legais cabíveis” . “Destacamos a importância do princípio constitucional da presunção de inocência, que assegura a todo cidadão o direito de ser considerado inocente até prova em contrário. O devido processo legal deve ser rigorosamente observado, garantindo que o acusado tenha uma defesa plena e justa, sem qualquer tipo de pré-julgamento.”
A defesa ainda enfatiza o pedido de cautela na divulgação de informações sobre o caso, “uma vez que a ampla exposição de fatos ainda não comprovados pode causar danos irreparáveis à imagem e à carreira de NegoDi” e que “qualquer divulgação precipitada pode resultar em uma condenação prévia injusta, prejudicando sua honra e dignidade”.
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Alvo do MP por fraude em rifas nas redes sociais
Na sexta-feira (12), Nego Di e a esposa, também influenciadora, Gabriela Sousa, foram alvos de uma operação do Ministério Público do RS (MPRS), por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco). O casal é suspeito de lavar cerca de R$ 2 milhões após a promoção de rifas virtuais e possíveis fraudes nas redes sociais.
Agentes do Gaeco cumpriram mandados de busca e apreensão em um imóvel do casal, em Santa Catarina.
Conforme o MPRS, Nego Di e Gabriela teriam promovido rifas ilegais, com premiações em dinheiro e bens de alto valor. No entanto, os prêmios não teriam sido entregues às vítimas. Durante as buscas, dois veículos de luxos, que pertencem aos influenciadores. Outro objeto apreendido foi uma arma de uso restrito das Forças Armadas, com munição e sem registro.
O MPRS comunicou que Gabriela foi presa em flagrante por porte ilegal de arma de fogo.
Objetivo dos mandados
O objetivo dos mandados, conforme o promotor de Justiça Flávio Duarte, era recolher documentos, mídias sociais, celulares, entre outros itens do casal, visando ter uma dimensão exata dos crimes cometidos e valores obtidos por Nego Di e Gabriela.
Mulher pagou fiança e foi solta
Gabriela, presa na sexta-feira por porte ilegal de arma, foi solta após o pagamento de R$ 14 mil de fiança.
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