ATOS GOLPISTAS
'Não há dúvida que houve falha', diz Maneco Hassen sobre atuação das forças de segurança do DF
Em entrevista à Rádio ABC 103.3 FM, secretário de Comunicação Institucional do governo federal disse que houve 'facilidade enorme' para cometimento de crimes no último domingo em Brasília
Última atualização: 15/01/2024 17:30
Dias após as invasões às sedes dos três Poderes em Brasília, o atual secretário de Comunicação Institucional do governo federal, Maneco Hassen (PT), deu detalhes sobre as primeiras ações da pasta em reação aos ataques de teor golpista e criticou a atuação das forças de segurança pública do Distrito Federal, incapazes de se antecipar às ações dos criminosos.
Em entrevista à Rádio ABC 103.3 FM, o ex-prefeito de Taquari e ex-presidente da Federação das Associações de Municípios do Rio Grande do Sul (Famurs) afirmou que "não há dúvida que houve uma falha para não dizer outra palavra, em relação à segurança pública no DF neste final de semana".
"O governo federal, por diversas oportunidades, se reuniu com a segurança pública do Distrito Federal, que tranquilizou todos, informando que todas as medidas necessárias para que o processo [posse e transição do novo governo] fosse feito com ordem e dentro do da normalidade democrática haviam sido tomadas. E o que se viu foi uma facilidade enorme de se realizar tudo aquilo que infelizmente a gente presenciou", acrescentou.
Para Hassen, o apoio dos demais Poderes à intervenção federal em Brasília e ao afastamento do governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, demonstra que houve omissão e conivência por parte de autoridades da área de segurança pública.
"Eu tenho dito que, além do afastamento do governador, a medida de intervenção federal na segurança pública do Distrito Federal, essas duas medidas graves, elas não foram contestadas por ninguém no País inteiro – tamanha a gravidade da irresponsabilidade do governo do Distrito Federal neste momento", pontuou.
"Por outro lado, decretada a intervenção, em uma hora e meia, o governo federal com o seu interventor Ricardo Cappelli, conseguiu assumir o controle da situação, prendeu mais de mil golpistas e terroristas, ou seja, provando que, se o governo do Distrito Federal estivesse minimamente atento à situação, não teria nada daquilo acontecido da forma como ocorreu."
Informações privilegiadas
O secretário de Comunicação Institucional do governo Lula também afirmou que são investigadas suspeitas sobre o fornecimento de informações privilegiadas a golpistas, com apontamento de locais a serem invadidos e equipamentos a serem roubados. "Na nossa antessala, por exemplo, onde tínhamos três computadores, foi levado o HD de apenas um deles. Por que levaram o HD daquele computador? Tem muitas situações que chamam atenção nesse ataque, singularidades que devem ser esclarecidas pela investigação", citou.
A sala do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), órgão responsável pela assistência direta de segurança ao presidente da República, foi invadida e teve armas, munições e documentos levados por criminosos. "Por que só aquela sala foi aberta e não as outras no entorno?", questionou. "Parecia que eles sabiam o que procuravam."
Trabalho continua
O governo federal ainda contabiliza os estragos provocados por bolsonaristas radicais no último domingo, mas não parou de trabalhar. "Hoje mesmo, teremos uma reunião com as assessorias de comunicação de todos os ministérios para tratar de questões iniciais dos novos rumos da comunicação do governo federal. Também devemos atualizar todas as redes sociais do governo no máximo até amanhã", comentou Hassen, que assumiu o cargo a convite do gaúcho Paulo Pimenta, ministro-chefe da Secretaria de Comunicação Social (Secom).
Segundo Hassen, uma das medidas emergenciais da pasta será a intensificação das campanhas de vacinação e da conscientização sobre a prevenção do HIV/Aids.
Para essa quarta-feira (11), também está programado um café da manhã no Palácio do Planalto, onde o presidente Lula receberá os jornalistas correspondentes que trabalham no local. "Fazendo algo inimaginável nos últimos quatro anos, quando a impressa foi tratada como inimiga do governo", disse, em referência à gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro.
Dias após as invasões às sedes dos três Poderes em Brasília, o atual secretário de Comunicação Institucional do governo federal, Maneco Hassen (PT), deu detalhes sobre as primeiras ações da pasta em reação aos ataques de teor golpista e criticou a atuação das forças de segurança pública do Distrito Federal, incapazes de se antecipar às ações dos criminosos.
Em entrevista à Rádio ABC 103.3 FM, o ex-prefeito de Taquari e ex-presidente da Federação das Associações de Municípios do Rio Grande do Sul (Famurs) afirmou que "não há dúvida que houve uma falha para não dizer outra palavra, em relação à segurança pública no DF neste final de semana".
"O governo federal, por diversas oportunidades, se reuniu com a segurança pública do Distrito Federal, que tranquilizou todos, informando que todas as medidas necessárias para que o processo [posse e transição do novo governo] fosse feito com ordem e dentro do da normalidade democrática haviam sido tomadas. E o que se viu foi uma facilidade enorme de se realizar tudo aquilo que infelizmente a gente presenciou", acrescentou.
Para Hassen, o apoio dos demais Poderes à intervenção federal em Brasília e ao afastamento do governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, demonstra que houve omissão e conivência por parte de autoridades da área de segurança pública.
"Eu tenho dito que, além do afastamento do governador, a medida de intervenção federal na segurança pública do Distrito Federal, essas duas medidas graves, elas não foram contestadas por ninguém no País inteiro – tamanha a gravidade da irresponsabilidade do governo do Distrito Federal neste momento", pontuou.
"Por outro lado, decretada a intervenção, em uma hora e meia, o governo federal com o seu interventor Ricardo Cappelli, conseguiu assumir o controle da situação, prendeu mais de mil golpistas e terroristas, ou seja, provando que, se o governo do Distrito Federal estivesse minimamente atento à situação, não teria nada daquilo acontecido da forma como ocorreu."
Informações privilegiadas
O secretário de Comunicação Institucional do governo Lula também afirmou que são investigadas suspeitas sobre o fornecimento de informações privilegiadas a golpistas, com apontamento de locais a serem invadidos e equipamentos a serem roubados. "Na nossa antessala, por exemplo, onde tínhamos três computadores, foi levado o HD de apenas um deles. Por que levaram o HD daquele computador? Tem muitas situações que chamam atenção nesse ataque, singularidades que devem ser esclarecidas pela investigação", citou.
A sala do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), órgão responsável pela assistência direta de segurança ao presidente da República, foi invadida e teve armas, munições e documentos levados por criminosos. "Por que só aquela sala foi aberta e não as outras no entorno?", questionou. "Parecia que eles sabiam o que procuravam."
Trabalho continua
O governo federal ainda contabiliza os estragos provocados por bolsonaristas radicais no último domingo, mas não parou de trabalhar. "Hoje mesmo, teremos uma reunião com as assessorias de comunicação de todos os ministérios para tratar de questões iniciais dos novos rumos da comunicação do governo federal. Também devemos atualizar todas as redes sociais do governo no máximo até amanhã", comentou Hassen, que assumiu o cargo a convite do gaúcho Paulo Pimenta, ministro-chefe da Secretaria de Comunicação Social (Secom).
Segundo Hassen, uma das medidas emergenciais da pasta será a intensificação das campanhas de vacinação e da conscientização sobre a prevenção do HIV/Aids.
Para essa quarta-feira (11), também está programado um café da manhã no Palácio do Planalto, onde o presidente Lula receberá os jornalistas correspondentes que trabalham no local. "Fazendo algo inimaginável nos últimos quatro anos, quando a impressa foi tratada como inimiga do governo", disse, em referência à gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro.
Em entrevista à Rádio ABC 103.3 FM, o ex-prefeito de Taquari e ex-presidente da Federação das Associações de Municípios do Rio Grande do Sul (Famurs) afirmou que "não há dúvida que houve uma falha para não dizer outra palavra, em relação à segurança pública no DF neste final de semana".