Política
MST invade fazendas da Suzano na primeira onda de ações no novo governo Lula
Última atualização: 25/01/2024 15:27
Cerca de 1,7 mil integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) invadiram três fazendas de cultivo de eucalipto da empresa Suzano Papel e Celulose, nos municÃpios de Teixeira de Freitas, Mucuri e Caravelas, no sul da Bahia. Uma quarta área, a Fazenda Limoeiro, de outro proprietário, foi ocupada no municÃpio de Jacobina. A empresa e o proprietário entraram com ações de reintegração de posse.
A entrada dos invasores começou na segunda-feira, 27, e prosseguiu até a tarde desta terça, 28, segundo a PolÃcia Militar da Bahia. Os sem-terra, na maioria mulheres, chegaram em vários comboios que saÃram de assentamentos da região e de outros locais do Estado. A Suzano informou que suas propriedades foram danificadas durante as invasões.
Essas foram as primeiras ocupações em massa do MST desde o inÃcio do governo Lula. As invasões mobilizaram sobretudo mulheres em alusão ao 8 de março, Dia Internacional da Mulher. "Apesar de termos expectativas com o governo Lula em relação à reforma agrária, o MST acendeu o alerta amarelo diante da demora do governo federal em nomear a presidência do Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária)", disse Eliane Oliveira, da direção nacional do MST na Bahia.
Fazendas produtivas
As invasões contrariam o discurso do hoje presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Durante a campanha eleitoral, ele disse que o MST não ocupava propriedades produtivas, como são as áreas da Suzano. Segundo Eliane Oliveira, as terras da empresa são "latifúndios de monocultura de eucalipto". "O território baiano sofre com a destruição sistemática dos recursos naturais, como envenenamento do solo e dos rios. As famÃlias foram expulsas de suas terras e vivem na vulnerabilidade social das periferias das cidades, nas encostas e nas margens de estradas", disse.
Em sua página oficial, o MST avisa que as ações vão continuar, sob o lema "O agronegócio lucra com a fome e a violência. Por terra e democracia, mulheres em resistência", e afirma que pretende negociar com os governos federal e estaduais a retomada da reforma agrária, além de um projeto para a agricultura familiar camponesa. "Vamos retomar a luta pela terra com as ocupações de terras, marchas, formação com as mulheres, ações de solidariedade, com doações de alimentos e doações de sangue", afirmou Margarida Silva, da coordenação nacional do MST.
Cerca de 1,7 mil integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) invadiram três fazendas de cultivo de eucalipto da empresa Suzano Papel e Celulose, nos municÃpios de Teixeira de Freitas, Mucuri e Caravelas, no sul da Bahia. Uma quarta área, a Fazenda Limoeiro, de outro proprietário, foi ocupada no municÃpio de Jacobina. A empresa e o proprietário entraram com ações de reintegração de posse.
A entrada dos invasores começou na segunda-feira, 27, e prosseguiu até a tarde desta terça, 28, segundo a PolÃcia Militar da Bahia. Os sem-terra, na maioria mulheres, chegaram em vários comboios que saÃram de assentamentos da região e de outros locais do Estado. A Suzano informou que suas propriedades foram danificadas durante as invasões.
Essas foram as primeiras ocupações em massa do MST desde o inÃcio do governo Lula. As invasões mobilizaram sobretudo mulheres em alusão ao 8 de março, Dia Internacional da Mulher. "Apesar de termos expectativas com o governo Lula em relação à reforma agrária, o MST acendeu o alerta amarelo diante da demora do governo federal em nomear a presidência do Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária)", disse Eliane Oliveira, da direção nacional do MST na Bahia.
Fazendas produtivas
As invasões contrariam o discurso do hoje presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Durante a campanha eleitoral, ele disse que o MST não ocupava propriedades produtivas, como são as áreas da Suzano. Segundo Eliane Oliveira, as terras da empresa são "latifúndios de monocultura de eucalipto". "O território baiano sofre com a destruição sistemática dos recursos naturais, como envenenamento do solo e dos rios. As famÃlias foram expulsas de suas terras e vivem na vulnerabilidade social das periferias das cidades, nas encostas e nas margens de estradas", disse.
Em sua página oficial, o MST avisa que as ações vão continuar, sob o lema "O agronegócio lucra com a fome e a violência. Por terra e democracia, mulheres em resistência", e afirma que pretende negociar com os governos federal e estaduais a retomada da reforma agrária, além de um projeto para a agricultura familiar camponesa. "Vamos retomar a luta pela terra com as ocupações de terras, marchas, formação com as mulheres, ações de solidariedade, com doações de alimentos e doações de sangue", afirmou Margarida Silva, da coordenação nacional do MST.