PERNAMBUCO
MP pede investigação sobre caso de policial que pediu menor de idade em casamento na porta de escola
Vídeo viralizou nas redes sociais e chamou a atenção das autoridades de defesa da infância e juventude
Última atualização: 10/10/2023 21:46
O Ministério Público de Pernambuco acionou o Conselho Tutelar, o Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Creas) e o Departamento de Polícia da cidade de Toritama para que seja realizada uma investigação sobre o caso envolvendo uma menor de 15 anos de idade que foi pedida em casamento por um policial militar quando saia de uma escola pública. O caso viralizou na última segunda-feira (9), nas redes sociais e chamou a atenção das autoridades de defesa da infância e juventude.
A iniciativa partiu da Promotoria de Justiça do município de Toritama depois de receber as imagens. O PM aparece fardado, na saída da escola da jovem, de joelhos, com alianças e um buquê de rosas vermelhas realizando o pedido de casamento. Nas imagens é possível ver que o casal se abraça e se beija, e a menina faz sinal positivo para o pedido de casamento. A jovem cursa o 9º ano do Ensino Fundamental.
Em nota, a Secretaria de Educação de Toritama informou que se trata de um assunto pessoal entre as duas partes e que ocorreu fora da escola e por isso "não irá se pronunciar a respeito do ocorrido". Horas depois da divulgação das imagens, a Polícia Militar de Pernambuco reconheceu a autenticidade do vídeo e anunciou a abertura de um Processo Administrativo Disciplinar.
O policial filmado é terceiro-sargento e atua no Batalhão Especializado de Policiamento do Interior (Bepi). No vídeo, é possível ver que durante o pedido de casamento, ele estava acompanhado de outros colegas de trabalho que gravaram a cena com o celular e comemoraram o acontecimento.
Também em nota, o Ministério Público de Pernambuco informou ter tomado conhecimento do caso pelas redes sociais e, de imediato, expediu um ofício ao Conselho Tutelar e ao Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Creas) para elaboração de relatórios e acompanhamento. Além disso, também solicitou que o Departamento de Polícia local fizesse uma investigação preliminar.