TRANSPORTE
Motoristas de aplicativos fazem paralisação em todo Brasil; confira como estão os serviços
Ação foi convocada pela Federação dos Motoristas de Aplicativos do Brasil (Fembrapp) e pela Associação dos Motoristas de Aplicativos de São Paulo (Amasp)
Última atualização: 26/03/2024 21:38
Motoristas de aplicativos iniciaram uma paralisação nesta segunda-feira (15) por 24 horas. Os trabalhadores protestam contra a defasagem dos repasses do valor de corrida pelas empresas. A manifestação começou às 4 horas de hoje e deve se estender até as 4 horas de terça-feira (16).
Nesta manhã, no Rio de Janeiro, cerca de 40 motoristas se concentraram em frente ao aeroporto Santos Dumont, segundo o portal Extra. Por volta das 8 horas, eles seguiram em carreata até o prédio da Uber, também no Centro da cidade, para uma manifestação.
Na região metropolitana de Porto Alegre os serviços seguem em funcionamento, mas usuários relatam demora e cancelamentos. Um protesto está marcado para esta manhã no estacionamento do estádio Beira-Rio, na capital.
Uma moradora de Novo Hamburgo, que preferiu não se identificar, conta que pediu um carro às 8h17 para ir para o trabalho e a corrida só foi aceita após algumas tentativas, já que os motoristas aceitavam e, em seguida, cancelavam. Doze minutos depois da primeira tentativa, ela afirma que a corrida foi aceita.
Paralisação
A paralisação foi convocada pela Federação dos Motoristas de Aplicativos do Brasil (Fembrapp) e pela Associação dos Motoristas de Aplicativos de São Paulo (Amasp). A expectativa de adesão é de 70% da classe em todo o País. Nacionalmente, existem mais de 2 milhões de motoristas ativos. No Estado de São Paulo, são R$ 36,7 mil.
"O valor repassado pelas plataformas para os motoristas segue congelado desde 2015, 2016 enquanto as plataformas aumentaram os preços para os passageiros", afirma Eduardo Lima de Souza, presidente da Amasp e diretor da Fembrapp.
Lima exemplifica que numa corrida que, em 2016, custava R$ 10 para o passageiro, o motorista embolsava R$ 7,50. Hoje, a mesma corrida sai por cerca de R$ 14 para o passageiro, e o motorista fica com quase R$ 7. "Há casos em que o desconto para o motorista chega a 60%."
De acordo com o comunicado da entidade anunciando a paralisação, houve inúmeras tentativas de negociação com as empresas de aplicativos, mas não foram bem sucedidas. "Vimos a necessidade de realizar a paralisação na tentativa de termos nossas reivindicações atendidas", diz o informe.
Com informações de Estadão.