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JUSTIÇA

Moraes determina que ex-ministro do GSI seja ouvido pela PF

Gonçalves Dias aparece em imagens da área interna do Palácio do Planalto durante ato golpista de 8 de janeiro

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Publicado em: 20/04/2023 às 11h:55
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O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF) quer o depoimento de Gonçalves Dias, ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) à Polícia Federal. Segundo o portal Uol, Dias deve esclarecer sobre as imagens da área interna do Palácio do Planalto durante o ato golpista de 8 de janeiro, que mostram o general orientando bolsonaristas. O prazo para prestar esclarecimentos é de 48 horas.

Moraes



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Foto: CARLOS ALVES MOURA

Ricardo Cappelli, o ministro interino do GSI, deve apresentar quem são os servidores civis e militares que aparecem nas imagens de câmeras de segurança disponibilizadas à PF e à imprensa. Ele tem até 24 horas.

Maioria do STF aceita denúncias*

O STF formou maioria de votos para transformar em réus 100 denunciados pela Procuradoria-Geral da República (PGR) pelos atos golpistas do dia 8 de janeiro. Na ocasião, foram depredadas as sedes do Supremo Tribunal Federal, do Congresso Nacional e do Palácio do Planalto.   

Seis ministros votaram a favor do recebimento das denúncias. Até o momento, acompanharam o voto do relator Alexandres de Moraes, os ministros Luís Roberto Barroso, Gilmar Mendes, Dias Toffoli, Edson Fachin e Cármen Lúcia.   

A votação virtual contra os acusados começou à meia-noite de terça-feira (18), e vai até as 23h59 de segunda (24).   

Ao apresentar seu voto, Alexandre de Moraes descreveu como “gravíssima” a conduta dos denunciados, que tinham como objetivo final abolir os poderes de Estado.

Os ministros que ainda precisam apresentar seus votos no sistema eletrônico são André Mendonça, Nunes Marques, Rosa Weber e Luiz Fux.   

Com o início do processo, haverá coleta de provas e depoimentos de testemunhas de defesa e acusação. Depois, o STF ainda terá de julgar se condena ou absolve os acusados, o que não tem prazo para ocorrer.  

As denúncias envolvem crimes previstos no Código Penal: associação criminosa; abolição violenta do Estado Democrático de Direito; golpe de Estado; ameaça; perseguição; incitação ao crime e dano qualificado. A PGR também cita o crime de deterioração de patrimônio tombado.  

Levantamento do STF mostra que das 1,4 mil pessoas presas no dia dos ataques, 294 permanecem no sistema penitenciário do Distrito Federal. As demais foram soltas por não representarem mais riscos à sociedade e às investigações.  

*Com informações de Agência Brasil.

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