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INVESTIGAÇÃO

Moraes 'determina a própria prisão' e PF investiga possível invasão hacker no CNJ

Mandado falso fala na condenação do ministro por litigância de má-fé; outro trecho do documento fake ainda dizia "Publique-se, intime-se e faz o L"

Publicado em: 05/01/2023 às 16h:30 Última atualização: 11/01/2024 às 11h:36
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A Polícia Federal (PF) investiga se os sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) foram alvo de um ataque hacker. A apuração foi aberta após a emissão de um mandado de prisão falso contra o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), assinado por ele próprio.

Moraes é alvo de possível ataque hacker



Moraes é alvo de possível ataque hacker

Foto: Divulgação

“Expeça-se o mandado de prisão em desfavor de mim mesmo, Alexandre de Moraes. Publique-se, intime-se e faz o L”, diz um trecho do documento fake.

O mandado falso fala na condenação do ministro por litigância de má-fé. Esse foi o motivo que levou Moraes a aplicar uma multa de R$ 22,9 milhões ao PL, partido do presidente Jair Bolsonaro, por contestar sem provas a segurança do processo eleitoral.

“Sem me explicar, porque sou como um deus do Olimpo, defiro a petição inicial, tanto em razão da minha vontade como pela vontade extraordinária de ver o Lula continuar na presidência”, afirma a ordem fraudulenta.

Procurado pela reportagem, o CNJ informou que o mandado de prisão foi registrado no Banco Nacional de Monitoramento de Prisões por meio do “uso indevido” da credencial de um usuário regularmente cadastrado no sistema. O login já foi bloqueado.

“O caso já se encontra sob investigação oficial das autoridades responsáveis. Cautelarmente, e como medida de segurança, haverá restrição de acessos à plataforma, embora esteja preservada a integridade das demais informações que foram, regularmente, produzidas dentro do sistema”, diz o comunicado.

O Conselho Nacional de Justiça informou ainda que sistema estará complemente restabelecido até o começo da tarde desta quinta-feira (5).

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