POLÍTICA
Ministro Silvio Almeida é demitido após denúncias de assédio sexual
Diante das denúncias, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva o convocou para uma conversa no Palácio do Planalto na noite desta sexta-feira
Última atualização: 06/09/2024 19:50
O ministro Silvio Almeida, titular da Pasta de Direitos Humanos e Cidadania, foi demitido no início da noite desta sexta-feira (6) após ser acusado de assédio sexual.
Diante das denúncias, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva o convocou para uma conversa no Palácio do Planalto, e anunciou sua decisão. Em nota divulgada pelo governo federal, foi destacado que "o presidente considera insustentável a manutenção do ministro no cargo considerando a natureza das acusações de assédio sexual".
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Um protocolo inicial de investigação sobre o caso foi aberto pela Polícia Federal (PF). A Comissão de Ética Pública da Presidência da República também abriu procedimento preliminar para esclarecer os fatos.
'O Governo Federal reitera seu compromisso com os Direitos Humanos e reafirma que nenhuma forma de violência contra as mulheres será tolerada", finaliza o texto.
O caso
A denúncia contra o ministro provém da organização Me Too Brasil, que luta contra o abuso de mulheres. A entidade divulgou um comunicado nesta quinta-feira (5) confirmando o teor de uma reportagem divulgada pelo site Metrópoles sobre as acusações de assédio moral e sexual.
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Almeida negou "com absoluta veemência" as acusações, qualificando-as como "mentiras e falsidades". Apesar de confirmar a existência da acusação, a ONG não divulgou o nome das denunciantes para proteção pessoal das mulheres.
Segundo o Metrópoles, uma das vítimas de assédio foi Anielle Franco, ministra da Igualdade Racial. A integrante do primeiro escalação do governo federal foi procurada e não se manifestou.
*Com informações de Estadão.