OPERAÇÃO LUCAS 12:2
MILÍCIAS DIGITAIS: Advogado dos Bolsonaro também é alvo da PF em ação sobre venda de joias
Pai de Mauro Cid, ex-ajudante do ex-presidente está na mira dos mandados judiciais cumpridos pela Polícia Federal nesta sexta-feira
Última atualização: 11/08/2023 13:38
Nesta sexta-feira (11), a Polícia Federal iniciou uma operação apra esclarecer uma associação criminosa formada para praticar crimes de peculato e lavagem de dinheiro. O suposto grupo teria tentado vender bens entregues a autoridades brasileiras em missões oficiais. A ação tem como nome Lucas 12:2.
Dos quatro mandados judiciais de busca e apreensão, dois são cumpridos em Brasília (DF), um em São Paulo (SP) e outro em Niterói (RJ). Conforme a Polícia Federal, "os valores obtidos dessas vendas foram convertidos em dinheiro em espécie e ingressaram no patrimônio pessoal dos investigados, por meio de pessoas interpostas e sem utilizar o sistema bancário formal, com o objetivo de ocultar a origem, localização e propriedade dos valores".
O advogado Frederick Wassef, que representou o ex-presidente Jair Bolsonaro na Justiça, está entre os alvos da ação da PF, segundo Estadão. O jornal também afirma que o general Mauro César Lourena Cid - pai de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, também é investigado pelos agentes federais nesta sexta-feira.
As ações ocorrem dentro do inquérito policial que apura a atuação do que se convencionou chamar “milícias digitais” em tramitação perante o Supremo Tribunal Federal.
Por que o nome da operação é Lucas 12:2?
A Polícia Federal explica que o nome da operação desta sexta é uma alusão a um versículo da Bíblia. Onde, no texto bíblico de Lucas, capítulo 12, versículo 2 diz: “Não há nada escondido que não venha a ser descoberto, ou oculto que não venha a ser conhecido".