Você já deve ter visto um tubinho de descongestionante nasal na casa de algum amigo ou familiar. E também escutado alguma história sobre a “ação milagrosa” proporcionada pelo medicamente.
A moradora de Belo Horizonte, Larissa Soares, 27 anos, foi uma dessas pessoas e relatou o uso abusivo de descongestionante nasal por dois anos. Em entrevista ao “Viva Bem” do UOL, a veterinária explica que no período chegou a fazer uso de um frasco a cada dois dias. “Convivo com rinite alérgica desde a infância e é algo que me incomoda bastante.”
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O uso era tão excessivo que mantinha diversos frascos do produto espalhados pela casa, inclusive debaixo do travesseiro. No entanto, o “abuso” foi interrompido em 2017. “Meu tímpano direito rompeu. Acordei com muita dor, fui até o otorrinolaringologista e confirmaram o rompimento.”
Foram quatro meses até a recuperação completa. “O rompimento de tímpano foi causado pela rinite medicamentosa, um efeito reverso do descongestionante nasal [vasoconstritor tópico nasal de cloridrato de nafazolina].”
Riscos à saúde
Segundo o médico Luciano Gregório, otorrinolaringologista do Hospital Israelita Albert Einstein, de São Paulo, os descongestionantes são vasoconstritores, ou seja, contraem os vasos sanguíneos. Gregório explica que o coração possuí os mesmos receptores do nariz, significando que o órgão vai sentir os mesmos efeitos do medicamento.
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Por conta disso, é comum que os usuários de descongestionante sintam palpitação no coração, agitação, ansiedade, taquicardia. Além disso, é possível sentir tontura e náusea.
Para evitar a rinite medicamentosa, o paciente deve interromper o uso do medicamento de forma gradual, sempre sob a supervisão de um médico.
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