Um menino de 7 anos morreu e o irmão, 8, continua internado, após comerem cajus dados pela vizinha, em Parnaíba, no litoral do Piauí. A perícia, concluída nesta terça-feira (15), comprovou que as frutas estavam envenanadas.
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Perícia encontra veneno em cajus
Terbufós foram encontrados nos cajus comidos pelas crianças, conforme a perícia feita pelo laboratório de toxicologia forense do Instituto Médico Legal (IML), no Piauí. As informações são do g1.
Terbufós é uma susbtância tóxica, utilizada como enseticida e para eliminar pragas em plantas, de acordo com o médico Antônio Nunes, diretor do IML. Ela é parecida com o conhecido chumbinho, mas é mais nociva.
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Cajus dados pela vizinha
Em agosto deste ano, em uma sexta-feira (23), os irmãos João Miguel da Silva, 7, e Ulisses Gabriel da Silva, 8, chegaram em casa com um saco de caju. As frutas teriam sido dadas pela vizinha Lucélia Maria, de acordo com o portal de notícias.
Eles foram comer as frutas e saíram para brincar. Foi quando o irmão mais novo retornou para a casa já tonto. “Quando o mais novo voltou, disse que estava tonto, se sentindo mole e me pediu para segurá-lo”, afirmou a mãe ao jornal. “Eu o segurei e ele estava roxo, com a língua preta, babando e vomitando o caju.”
Os irmãos foram levados para o hospital. Primeiro João Miguel e, logo depois, Ulisses. Ambos tinham os mesmos sintomas.
Estado de saúde das crianças
O irmão mais novo, João Miguel, faleceu no dia 28 de agosto. Já Ulisses continua internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital de Urgência de Teresina (HUT), desde o dia 12 de setembro. Apesar de apresentar uma pequena melhora, o menino agora possui uma sequela no cérebro.
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Vizinha suspeita de envenenamento teve a casa incendiada
A mãe das crianças afirmou que não tem relação com a vizinha. Lucélia Maria da Conceição, de 52 anos, foi presa em flagrante no dia do crime e negou as acusações. Dias depois, a prisão preventiva foi decretada.
A polícia afirmou ao g1 que a mulher possui histórico de desavenças com a vizinhança e já envenenou animais que estavam no entorno da casa. Ela teve a residência queimada pelos vizinhos.
Ela teve a prisão preventiva decretada pelo , por haver indícios de que ela seria a autora do crime. Entre eles, foi encontrado veneno na casa de Lucélia, assim como cajueiros no quintal da residência. Ainda, ela possui histórico de agressão contra crianças.
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Também na residência da suspeita, foram encontados pacotes com uma substância, apontada como estricnina, mais comumente chamado de chumbinho.
Na ocasião, ela disse que usava a estricnina para matar ratos. A substância está sendo analisada pela perícia da Polícia Civil. Também foi apreendida uma sacola com cajus.
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