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"Me acordei só de cueca", diz homem que afirma ter sido vítima de abuso sexual por Padre Airton Freire

O padre foi preso preventivamente por cinco inquéritos e também, está passando por quadro grave de AVC; Ex-funcionário conta que foi dopado

Anna Julia Rodrigues
Publicado em: 24/07/2023 às 16h:00 Última atualização: 17/10/2023 às 16h:32
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Padre Airton Freire, de 67 anos, foi preso preventivamente no dia 14 de julho pelos crimes de abuso sexual. Além da prisão, o sacerdote está internado na UTI do hospital Português, no Recife, com princípio de acidente vascular cerebral. Ele enfrenta cinco inquéritos, de acordo com o Metrópoles. E, desta vez, ex-funcionário do religioso declarou ser outra vítima. Em entrevista a TV Globo, o homem contou que trabalhava na Fundação Terra, criada por Airton.

Padre Airton Freire responde por cinco inquéritos  | Jornal NH



Padre Airton Freire responde por cinco inquéritos

Foto: Reprodução/Redes Sociais

O homem, sem identificação revelada, contou que acredita ter sido dopado e horas depois, acordou na casa onde o padre dormia, sem vestimentas.

“Teve uma noite que ele colocou alguma coisa na garrafa d’água que ficava em cima de uma mesinha. Peguei a garrafa umas 11 e pouca da noite. Tomei a água e deitei na rede. Quando foi por volta das 5 e pouca da manhã, eu acordei numa cadeira, que tem próximo da mesinha, só de cueca. E senti meu corpo, né? A gente sente o corpo da gente diferente. Não lembrei o que aconteceu”, disse.

O ex-funcionário também contou que trabalhava com cuidados ao Freire, por quem tinha uma “consideração de pai”. E de acordo com ele, o católico já tinha tentado dopá-lo em outros momentos.

“Eu achava que era uma missão, para mim, fazer com que ele se endireitasse e fosse para o caminho certo, e sendo um verdadeiro servo de Cristo. Mas ele não me ouvia, dizia que eu estava louco, que eu estava com uma ‘legião de demônios’. E eu sabia, sim, que ele fazia isso com outras pessoas, mas achava que era uma missão que Deus estava me dando”, relatou.

Por fim, o homem declarou que há muitas vítimas que não possuem coragem de falar, por medo e por falta de condições financeiras para lidar com o caso.

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