Matheus Possebon, canoense que é empresário do cantor Alexandre Pires, é solto pela Justiça

A Justiça mandou soltar o cantor e empresário Matheus Possebon, natural de Canoas, que é responsável pela carreira do cantor Alexandre Pires. Possebon foi preso pela Polícia Federal nesta semana acusado de lavagem de dinheiro de garimpo ilegal nas terras indígenas Yanomami.

Matheus Possebon deixou a prisão após ter um habeas corpus concedido pelo Tribunal Regional Federal da Primeira Região (TRF-1) na noite desta sexta-feira (8). Ele havia sido preso preventivamente pela PF de Santos (SP) após desembarcar do cruzeiro temático de Alexandre Pires.

O empresário agenciava a carreira de Alexandre Pires antes dos dois serem investigados pela Polícia Federal por suspeita de envolvimento com o garimpo ilegal nas terras Yanomami, em Roraima, mas foi afastado da produtora após as denúncias.

A desembargadora responsável pela decisão, Maria do Carmo Cardoso, afirmou que existem "diversas situações fáticas que ainda merecem esclarecimentos" no que diz respeito à investigação e impôs diversas condições para a concessão de liberdade.

Dentre elas estão o comparecimento periódico em juízo para informar e justificar suas atividades; comparecer a todos os atos do processo e evitar a obstrução do seu andamento; comunicar qualquer alteração de endereço. Caso não cumpra com as condições, a prisão preventiva poderá ser decretada.

Ao jornal O Estado de S.Paulo o advogado de defesa de Possebon, Fábio Tofic Simantob, afirmou que a prisão "é uma violência" e "foi decretada por conta de uma única transação financeira com uma empresa que Matheus não mantém qualquer relação comercial".

"Mais grave ainda, a prisão se deu sem que Matheus pudesse ao menos esclarecer a transação. A defesa, porém, está certa de que esta violência será prontamente desfeita, e que Matheus poderá em liberdade comprovar que nada tem a ver com esta investigação", diz o comunicado.

A defesa de Alexandre Pires soltou nota negando o envolvimento do cantor com o garimpo ou extração de minério. Eles ainda negam "qualquer ato ilícito".