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Mais de 260 doenças podem ser evitadas com exercícios apenas duas vezes por semana, diz pesquisa

Segundo a pesquisa, foi observado risco até 50% menor de condições cardiometabólicas incidentes, como hipertensão, diabete, obesidade e apneia do sono

Publicado em: 10/10/2024 às 17h:43 Última atualização: 10/10/2024 às 17h:46
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Acumular o tempo recomendado de exercício físico por semana em só dois dias reduziria o risco de desenvolver 264 doenças em comparação a manter-se sedentário, segundo estudo de pesquisadores do Massachusetts General Hospital, nos Estados Unidos, publicado na revista científica Circulation, da American Heart Association (AHA).

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Mais de 260 doenças podem ser evitadas com exercícios apenas duas vezes por semana

Foto: Reprodução/Freepik

Foram avaliadas 678 condições de saúde. Não houve diferença significativa no nível de proteção quando o estudo comparou os “guerreiros do fim de semana”, como é conhecido quem acumula atividades físicas no sábado e domingo, com os que distribuem o tempo de exercícios em mais dias.

Segundo a pesquisa, foi observado risco até 50% menor de condições cardiometabólicas incidentes, como hipertensão, diabete, obesidade e apneia do sono, tanto com o padrão de ‘guerreiro do fim de semana’ quanto com atividade regular. Antigamente, a recomendação era de se exercitar pelo menos cinco vezes por semana por 30 minutos. Isso mudou na última década, quando a Organização Mundial da Saúde (OMS) passou a recomendar ao menos 150 minutos de atividade física moderada e intensa semanalmente, sem indicar padrão a ser seguido.

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“Como parece haver benefícios semelhantes para o guerreiro de fim de semana em comparação à atividade regular, pode ser o volume total de atividade, em vez do padrão, que mais importa”, afirmou Shaan Khurshid, coautor sênior do estudo, em comunicado à imprensa.

Na pesquisa, foram usados dados de cerca de 90 mil pacientes do UK Biobank, grande estudo de longo prazo no Reino Unido sobre o impacto de fatores genéticos e ambientais no desenvolvimento de doenças.

Para Guilherme Artioli, do Grupo de Pesquisa em Fisiologia Aplicada e Nutrição da Faculdade de Medicina da USP e colunista do Estadão, a principal conclusão é que não faz muita diferença se exercitar em dois dias, no fim de semana, em dois dias consecutivos, ou espalhar o treino pela semana. “O que importa é você fazer exercício.” A pesquisa, diz ele, ainda ajuda a desconstruir o antigo temor de que a pessoa sedentária ao longo da semana teria risco cardíaco maior em atividades moderadas e/ou intensas aos fins de semana. Esse temor, segundo ele, levava em conta raros casos de eventos cardíacos agudos durante exercícios em pessoas com alguma doença de base, às vezes desconhecida – por isso, indica-se check-up médico antes de iniciar qualquer atividade física.

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