TRAGÉDIA EM SANTA CATARINA

Mãe se joga no chão ao saber de ataque em creche de Blumenau: "Pelo amor de Deus, me leva para lá"

Mulher soube de invasão onde filha estuda por uma colega de trabalho. No local, viu funcionários com roupas manchadas de sangue

Publicado em: 05/04/2023 12:09
Última atualização: 01/03/2024 09:12

O desespero de uma mãe. É o que resume o relato de Stephanie dos Santos Setrem ao saber de ataque em creche onde a filha estava nesta quarta-feira (5). Ao portal NSC, ela conta que estava no trabalho quando percebeu que uma amiga começou a ligar diversas vezes. Então, uma colega entrou em sua sala e disse que a Cantinho do Bom Pastor havia sido invadida.

"Na hora, eu, desesperada, me joguei no chão, comecei a chorar e pedi 'pelo amor de Deus, me leva para lá'. Nessa hora, eu abri o meu celular e vi que tinha uma mensagem da diretora da escolinha, falando do ataque e pedindo para que eu fosse buscar minha filha", relatou.

Homem invade creche em Blumenau e mata crianças Foto: Divulgação/CBMSC

Ao se aproximar da instituição, Stephanie viu uma aglomeração de pessoas e funcionários com roupas manchadas de sangue. O agressor pulou o muro do local e atacou as crianças com uma machadinha.

Ela conta ainda que, pelo número de indivíduos, não havia como passar de carro, então saltou do veículo e começou a correr. "Chegando na frente, tinha muitos pais e professoras com camisas com sangue, muitas ambulâncias. Eu estava desesperada na hora, só queria sair dali e pegar minha filha". A menina, de um ano e sete meses, que estuda no berçário da unidade, não ficou ferida.

Stephanie desabafa que está em estado de choque. Ela diz que escolas e creches invadidas são casos que "acontecem nos Estados Unidos, São Paulo, coisa que a gente não imagina que vai acontecer aqui".

Se entregou à Polícia

O homem de 25 anos se entregou ao Batalhão de Polícia Militar após o ataque. Segundo o G1, a Polícia Civil informou que o suspeito tem passagens por porte de drogas, lesão e dano.

A PC apura se há outros envolvidos no crime e se invasão foi organizada de forma virtual. "A gente quer identificar se tem mais algum participante, se mais alguém participou, como ele tramou esse plano, onde ele obteve informações", disse o delegado-geral Ulisses Gabriel.

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