Política
Lula sugere inserir indígenas em programa de financiamento à produção agrícola
Última atualização: 02/02/2024 15:25
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou que o governo vai estudar um programa de financiamento para a produção agrÃcola indÃgena. De acordo com ele, "não é possÃvel que emprestamos tanto dinheiro à produção agrÃcola neste PaÃs e não tenha chegado dinheiro à produção agrÃcola indÃgena".
O presidente afirmou que o programa será discutido assim que regressar a BrasÃlia "com muito carinho". "Fiquei triste porque descobri que vocês não têm ajuda do governo para financiar a produção de vocês", afirmou. "Se nós temos dinheiro para financiar empresários, agricultura familiar, grandes proprietários de terra, por que não existe dinheiro para financiar povos indÃgenas em sua produção?", questionou Lula na 52ª Assembleia Geral dos Povos IndÃgenas, que ocorre nesta segunda-feira, 13, na Terra IndÃgena Raposa Serra do Sol, em Roraima. O evento segue até terça-feira, 14.
Lula reclamou da acusação de ocupação das terras por indÃgenas. "Os indÃgenas não estão ocupando terra de ninguém, estão apenas brigando para ficar com aquilo que era todo seu e que os invasores, desde 1500, vêm tirando pedaço de terra", disse. O presidente também criticou a escravidão.
O encontro tem como tema 'Proteção Territorial, Meio Ambiente e Sustentabilidade' e deve reunir cerca de duas mil lideranças de Roraima. Também participam representantes de 17 organizações das mais de 32 terras indÃgenas do Estado. O evento pretende aprofundar as discussões sobre a proteção de terras, a gestão de recursos naturais e a agenda do movimento indÃgena para 2023.
Quando chegou ao local, o presidente caminhou pela feira agrÃcola no local, onde foi recebido por produtores que o apresentaram à produção da região. Lula estava acompanhado da primeira-dama, Janja da Silva, dos ministros da Secretaria-Geral da Presidência, Márcio Macedo, da Secretaria de Comunicação (Secom), Paulo Pimenta, da Defesa, José Múcio, dos Povos IndÃgenas, Sônia Guajajara, da Saúde, NÃsia Trindade, e da presidente da Fundação Nacional do Ãndio (Funai), Joenia Wapichana.
Guajajara afirmou que o governo quer reconstruir polÃticas indÃgenas, ambientalistas e de direitos humanos que, segundo ela, foram perdidas nos últimos anos. De acordo com a ministra, é preciso construir novas polÃticas indigenistas a partir de parlamentares indÃgenas no Congresso Nacional.
A ministra anunciou que há um esforço de retomar, neste mês, o Conselho Nacional de PolÃtica Indigenista e, no mês de abril, a PolÃtica Nacional de Gestão Territorial e Ambiental de Terras IndÃgenas (PNGATI). A retomada do Conselho dos Povos IndÃgenas também foi reiterada por Lula, durante sua fala.
Em discurso, Wapichana fez crÃticas ao governo de Jair Bolsonaro e pontuou que foram "anos e anos de paralisia, desmonte e sucateamento". De acordo com ela, precisará de esforços para "tentar recomeçar, reconstruir". "Agora, a Funai voltou, voltou para ficar ao lado dos povos indÃgenas, das assembleias dos povos indÃgenas", declarou, sob aplausos da plateia. "Nenhum direito a menos."
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou que o governo vai estudar um programa de financiamento para a produção agrÃcola indÃgena. De acordo com ele, "não é possÃvel que emprestamos tanto dinheiro à produção agrÃcola neste PaÃs e não tenha chegado dinheiro à produção agrÃcola indÃgena".
O presidente afirmou que o programa será discutido assim que regressar a BrasÃlia "com muito carinho". "Fiquei triste porque descobri que vocês não têm ajuda do governo para financiar a produção de vocês", afirmou. "Se nós temos dinheiro para financiar empresários, agricultura familiar, grandes proprietários de terra, por que não existe dinheiro para financiar povos indÃgenas em sua produção?", questionou Lula na 52ª Assembleia Geral dos Povos IndÃgenas, que ocorre nesta segunda-feira, 13, na Terra IndÃgena Raposa Serra do Sol, em Roraima. O evento segue até terça-feira, 14.
Lula reclamou da acusação de ocupação das terras por indÃgenas. "Os indÃgenas não estão ocupando terra de ninguém, estão apenas brigando para ficar com aquilo que era todo seu e que os invasores, desde 1500, vêm tirando pedaço de terra", disse. O presidente também criticou a escravidão.
O encontro tem como tema 'Proteção Territorial, Meio Ambiente e Sustentabilidade' e deve reunir cerca de duas mil lideranças de Roraima. Também participam representantes de 17 organizações das mais de 32 terras indÃgenas do Estado. O evento pretende aprofundar as discussões sobre a proteção de terras, a gestão de recursos naturais e a agenda do movimento indÃgena para 2023.
Quando chegou ao local, o presidente caminhou pela feira agrÃcola no local, onde foi recebido por produtores que o apresentaram à produção da região. Lula estava acompanhado da primeira-dama, Janja da Silva, dos ministros da Secretaria-Geral da Presidência, Márcio Macedo, da Secretaria de Comunicação (Secom), Paulo Pimenta, da Defesa, José Múcio, dos Povos IndÃgenas, Sônia Guajajara, da Saúde, NÃsia Trindade, e da presidente da Fundação Nacional do Ãndio (Funai), Joenia Wapichana.
Guajajara afirmou que o governo quer reconstruir polÃticas indÃgenas, ambientalistas e de direitos humanos que, segundo ela, foram perdidas nos últimos anos. De acordo com a ministra, é preciso construir novas polÃticas indigenistas a partir de parlamentares indÃgenas no Congresso Nacional.
A ministra anunciou que há um esforço de retomar, neste mês, o Conselho Nacional de PolÃtica Indigenista e, no mês de abril, a PolÃtica Nacional de Gestão Territorial e Ambiental de Terras IndÃgenas (PNGATI). A retomada do Conselho dos Povos IndÃgenas também foi reiterada por Lula, durante sua fala.
Em discurso, Wapichana fez crÃticas ao governo de Jair Bolsonaro e pontuou que foram "anos e anos de paralisia, desmonte e sucateamento". De acordo com ela, precisará de esforços para "tentar recomeçar, reconstruir". "Agora, a Funai voltou, voltou para ficar ao lado dos povos indÃgenas, das assembleias dos povos indÃgenas", declarou, sob aplausos da plateia. "Nenhum direito a menos."