Política
Lula diz à imprensa chinesa que Brasil não vai mais vender empresas estatais
Última atualização: 05/03/2024 09:23
O Brasil não vai vender mais empresas estatais, disse o presidente Luiz Inácio Lula da Silva à rede de televisão estatal chinesa CCTV. Na conversa, o petista defendeu ainda transações comerciais entre paÃses sem passar pelo dólar, a busca de uma solução para a guerra da Ucrânia e a criação de uma nova forma de governança mundial, em que paÃses como China, Brasil e México tenham mais voz.
"Não queremos ser vendedor nem só de commodities ou vendedor de empresa estatal", afirmou Lula, segundo transcrição da conversa liberada pelo governo brasileiro. "O que o Brasil quer propor à China é que nós precisamos construir uma centena de coisas novas. Que passa por rodovia, por ferrovia, por portos, aeroportos, que passa por novas indústrias, que passa por empresas de quÃmicas, que passa por investimentos novos." É o que Lula vem chamando de reindustrialização do Brasil.
Lula defendeu na conversa com a imprensa chinesa, como já havia dito em outras ocasiões durante a viagem ao paÃs asiático, que é preciso avançar na relação do Brasil com a China, não apenas na questão econômica e na questão comercial, mas em temas como ciência e tecnologia, convênios entre as universidades e na transição energética. "Nós precisamos estabelecer uma polÃtica em que a China se transforme em parceiro de investimentos no Brasil."
Sobre reformas em organismos multilaterais, que Lula já havia defendido na viagem durante discurso na posse de Dilma Rousseff no Novo Banco de Desenvolvimento, o petista afirmou que é preciso dar mais representatividade ao Conselho de Segurança das Nações Unidos. "Eu acho que tem que ter paÃses da América do Sul, América Latina, paÃses da Ãfrica. Não é possÃvel, que o continente africano com cinquenta e quatro paÃses não possa ter representante."
"Se você não tiver um Conselho de Segurança da ONU, com autoridade de decidir, e os paÃses signatários cumprirem, não vai resolver o problema climático no mundo", afirmou Lula à TV chinesa.
"A única coisa que eu quero é o seguinte: é preciso criar uma nova forma de governança mundial", disse Lula. "A China tem que ser levada em conta. O Brasil tem que ser levado em conta. Um paÃs como a Nigéria, como o Egito, como México, tem que ser levado em conta. A Ãndia tem que ser levada em conta", comentou o presidente. Segundo ele, na medida em que esses paÃses vão crescendo e se desenvolvendo, obviamente começam a assustar aqueles que se sentiam o dono do mundo.
Sobre a guerra na Ucrânia, o presidente brasileiro disse estar "obcecado" em conversar com as pessoas pelo mundo para encontrar um jeito de alcançar a paz. Ele defendeu que paÃses parem de fornecer armas para o conflito e que busquem uma solução de paz.
O Brasil não vai vender mais empresas estatais, disse o presidente Luiz Inácio Lula da Silva à rede de televisão estatal chinesa CCTV. Na conversa, o petista defendeu ainda transações comerciais entre paÃses sem passar pelo dólar, a busca de uma solução para a guerra da Ucrânia e a criação de uma nova forma de governança mundial, em que paÃses como China, Brasil e México tenham mais voz.
"Não queremos ser vendedor nem só de commodities ou vendedor de empresa estatal", afirmou Lula, segundo transcrição da conversa liberada pelo governo brasileiro. "O que o Brasil quer propor à China é que nós precisamos construir uma centena de coisas novas. Que passa por rodovia, por ferrovia, por portos, aeroportos, que passa por novas indústrias, que passa por empresas de quÃmicas, que passa por investimentos novos." É o que Lula vem chamando de reindustrialização do Brasil.
Lula defendeu na conversa com a imprensa chinesa, como já havia dito em outras ocasiões durante a viagem ao paÃs asiático, que é preciso avançar na relação do Brasil com a China, não apenas na questão econômica e na questão comercial, mas em temas como ciência e tecnologia, convênios entre as universidades e na transição energética. "Nós precisamos estabelecer uma polÃtica em que a China se transforme em parceiro de investimentos no Brasil."
Sobre reformas em organismos multilaterais, que Lula já havia defendido na viagem durante discurso na posse de Dilma Rousseff no Novo Banco de Desenvolvimento, o petista afirmou que é preciso dar mais representatividade ao Conselho de Segurança das Nações Unidos. "Eu acho que tem que ter paÃses da América do Sul, América Latina, paÃses da Ãfrica. Não é possÃvel, que o continente africano com cinquenta e quatro paÃses não possa ter representante."
"Se você não tiver um Conselho de Segurança da ONU, com autoridade de decidir, e os paÃses signatários cumprirem, não vai resolver o problema climático no mundo", afirmou Lula à TV chinesa.
"A única coisa que eu quero é o seguinte: é preciso criar uma nova forma de governança mundial", disse Lula. "A China tem que ser levada em conta. O Brasil tem que ser levado em conta. Um paÃs como a Nigéria, como o Egito, como México, tem que ser levado em conta. A Ãndia tem que ser levada em conta", comentou o presidente. Segundo ele, na medida em que esses paÃses vão crescendo e se desenvolvendo, obviamente começam a assustar aqueles que se sentiam o dono do mundo.
Sobre a guerra na Ucrânia, o presidente brasileiro disse estar "obcecado" em conversar com as pessoas pelo mundo para encontrar um jeito de alcançar a paz. Ele defendeu que paÃses parem de fornecer armas para o conflito e que busquem uma solução de paz.