INVASÕES EM BRASÍLIA
Lula decreta intervenção federal na segurança pública do Distrito Federal
Presidente determinou que intervenção permancerá até o dia 31 de janeiro e interventor será o secretário-executivo do Ministério da Justiça, Ricardo Capelli
Última atualização: 17/01/2024 15:14
Em pronunciamento no fim da tarde deste domingo (8), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva decretou intervenção federal na segurança pública do Distrido Federal após a invasão de apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro aos Três Poderes, em Brasília. Intervenção, segundo o presidente, começa hoje e permancerá até o dia 31 de janeiro.O interventor será o secretário-executivo do Ministério da Justiça, Ricardo Capelli, e está subordinado ao presidente da República, afirmou Lula, em seu primeiro pronunciamento oficial após a invasão da sede dos Três Poderes.
Segundo o presidente, o interventor vai exercer controle de todos os órgãos distritais de segurança do GDF e poderá requisitar recursos financeiros, estruturais, humanos e tecnológicos do Governo do Distrito Federal. Além disso, o interventor poderá requisitar quaisquer órgãos, civis e militares, do governo federal, para alcançar os objetivos da intervenção.
"O objetivo da intervenção é pôr termo a grave comprometimento da ordem pública no Estado do Distrito Federal, marcada por atos de violência", diz o decreto presidencial.
'Fascistas invadiram a sede do governo', diz Lula
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou no início da noite deste domingo que houve falta de segurança nos atos antidemocráticos de apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) que culminou na invasão e depredação da sede dos Três Poderes - e disse que todas as pessoas envolvidas serão "encontradas e punidas".
"Vocês acompanharam a barbárie que aconteceu em Brasília hoje. Pessoas que chamamos de fascistas, de tudo que é abominado na política, invadiram a sede do governo, do Congresso e da Supremo Corte. Vândalos que destruíram tudo que viram pela frente" disse o presidente
A declaração foi dada em seu primeiro pronunciamento oficial após a invasão da sede dos Três Poderes, em Brasília - o Palácio do Planalto, o Congresso Nacional e o Supremo Tribunal Federal (STF) - por grupos radicais que apoiam o ex-presidente Jair Bolsonaro.
Lula afirmou que a democracia garante o direito de livre expressão, mas também exige que todos respeitem as instituições.
Danos ao patrimônio público
O Ministério da Gestão e Inovação, comandado por Esther Dweck, informou que fará um levantamento dos danos causados ao patrimônio público para "buscar" ressarcimento junto aos responsáveis. "O Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos lamenta os atos antidemocráticos ocorridos neste domingo (8/1) na capital federal e informa que irá fazer um levantamento dos danos ao patrimônio público para buscar ressarcimento junto aos responsáveis", afirmou o ministério em nota, apontando que os prédios públicos são patrimônio de toda a população e que atos criminosos de depredação atingem toda a sociedade "e não serão tolerados".
Destruição
O cenário na Praça dos Três Poderes é de destruição. Imagens apontam que manifestantes extremistas que invadiram o Congresso, o Palácio do Planalto e o Supremo Tribunal Federal (STF) saquearam itens nos prédios e vandalizaram o interior desses prédios.