A indústria das unhas teve um crescimento expressivo nos últimos dez anos. Um estudo da Academia Nacional de Medicina da França aponta que esse ramo pode crescer 9,5% e alcançar um valor de 13 mil milhões de euros em 2024. Isso porque os cuidados estéticos, atualmente, atingem todas as idades – desde os 17 aos 90 anos.
Entre os atrativos mais procurados nos salões de beleza, está o verniz semipermanente – também conhecido como unhas em gel no Brasil. A opção se destaca pela durabilidade, visto que pode manter as unhas pintadas entre duas a três semanas. No entanto, o método para manter o produto tem chamado a atenção dos especialistas.
Um estudo publicado pela academia francesa no dia 28 de abril salienta que, para secar e manter a durabilidade do esmalte, os profissionais usam uma lâmpada que combina UV (pelo menos 48 watts) e diodo emissor de luz (LED). Essas lâmpadas emitem raios UV tipo A (UVA) que penetram profundamente na pele e são conhecidos por promover o envelhecimento, mas especialmente o desenvolvimento de câncer de pele.
Segundo o estudo, a Agência Internacional de Pesquisa sobre o Câncer classificou o UVA como um carcinógeno do grupo 1.
Veja um resumo dos efeitos colaterais identificados no ano passado:
- reações alérgicas na pele (66 casos, 70,5%);
- danos mecânicos nas unhas (23 casos, 26,1%);
- três casos de câncer de pele, como carcinoma espinocelular induzido (3,4%).
Conforme a Academia Nacional de Medicina da França, o risco para câncer de pele parece estar, sobretudo, associado a três fatores: à pouca idade no início da utilização (em média 20 anos); à frequência próxima das exposições (média de 5 a 6 vezes ao ano ou ter lâmpadas em casa); e à exposição por vários anos. O efeito cumulativo das exposições aos raios UVA representa o maior risco.
Por isso, os especialistas recomendam que a aplicação de protetor solar com proteção UVA aproximadamente 20 minutos antes de expor as mãos às lâmpadas UV/LED.
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