Alex Giovani Dos Santos Henzel, que foi filmado agredindo cães à chicotadas na orla de Balneário Camboriú e está preso preventivamente desde agosto, foi condenado a três anos, dois meses e três dias de reclusão em regime semiaberto pelos crimes contra os animais. A decisão é dá juíza Nayara Scherer, da 2ª Vara Criminal da cidade Santa Catarina.
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Henzel chegou a pedir à juíza que abrisse um incidente de insanidade mental, em razão de dependência química. Ele queria que lhe fosse aplicada uma internação compulsória como medida alternativa à prisão. A juíza, no entanto, afastou o pleito, destacando a embriaguez voluntária de Henzel e indicando que ele não estava alcoolizado quando agrediu seus cachorros.
O homem também foi condenado a pagar 11 dias-multa e está proibido de manter a guarda de animais domésticos. A juíza Nayara Scherer afastou a possibilidade de substituir a pena do homem por outras medidas cautelares considerando que ele é reincidente. Além disso, instou a ONG de proteção que estava cuidando dos cachorros de Henzel a providenciar a adoção dos animais.
A decisão que decretou a preventiva de Henzel – medida mantida por Nayara – foi baseada no vídeo em que o homem agride seus dois cães e pelo depoimento de agentes que efetuaram a detenção. Uma guarda municipal relatou que, após receber a gravação, foi até a Avenida Atlântica, em Balneário Camboriú, onde se deparou com os cachorros amarrados em uma cadeira na praia.
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Segundo a guarda, Henzel é conhecido no meio policial e, quando ele foi preso, frequentadores da praia ressaltaram que era “costumeiro” ver o homem agredindo seus cães. Eles relataram que há tempo estavam tentando filmar a ação truculenta do homem.
Em junho, uma mulher registrou um de ocorrência contra Henzel por injúria e ameaça. Ela narrou que, após chamar a atenção do homem quando ele batia em seus cachorros, foi chamada de vagabunda. Além disso, ele teria ameaçado bater na mulher.
Henzel também é alvo de uma outra ação penal (que está suspensa) por maus-tratos a seus cachorros. Segundo a denúncia, ele estava dando chutes, golpes e enforcando o cachorro com uma sacola plástica. As agressões também foram filmadas.
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“É possível afirmar que o conduzido está bem ambientado com o mundo do crime, já possuindo, inclusive, em seu currículo uma ação penal pelo crime de maus-tratos contra animais. Logo, a prisão do indiciado é necessária para a prevenção da repetição de condutas delituosas (acautelar a ordem pública), porquanto, se solto, certamente continuará a delinquir”, registrou a decisão que decretou a preventiva de Henzel.
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