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INVESTIGAÇÃO

Juiz é acusado de violência física, sexual e psicológica pela companheira

Vítima vivia com o homem no litoral norte de São Paulo e relata o que seria uma rotina de abusos com o marido. Defesa nega as acusações

Publicado em: 29/03/2023 às 11h:56 Última atualização: 29/02/2024 às 08h:41
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O juiz Valmir Maurici Júnior, da 5ª Vara Cível de Guarulhos, em São Paulo, é investigado por agredir física, sexual e psicologicamente a esposa. A investigação é feita pelo Órgão Especial do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) e pelo Ministério Público do Estado (MP-SP).

Vítima fez vídeos que comprovam as agressões



Vítima fez vídeos que comprovam as agressões

Foto: Reprodução/G1

O casal, que vivia junto em Caraguatatuba, no litoral norte de São Paulo, está em processo de separação. A vítima deu entrevista ao portal g1 e relatou o que seria uma rotina de violências e abusos. Ela contou que chegou a tentar suicídio e precisou ser internada, após receber o diagnóstico de depressão. Também disse ter sofrido ameaças, dirigidas até aos pais.

De acordo com a mulher, eles se conheceram pelas redes sociais. O juiz, segundo o relato, era uma pessoa calma e romântica no início do relacionamento, mas o comportamento teria mudado com o tempo e o temperamento dele teria ficado cada vez mais explosivo. A rotina do casal seria atravessada por xingamentos, agressões físicas e relações sexuais não consentidas.

Ela afirmou que tentou terminar o casamento mais de uma vez, mas o juiz não permitia. A mulher contou ainda que evitava compartilhar as violências com pessoas próximas, como amigos e familiares, por vergonha do julgamento social.

Além da entrevista, ela entregou vídeos que comprovam as agressões. As imagens mostram tapas, empurrões, chutes e xingamentos. Uma gravação, aparentemente feita pelo próprio juiz, registra uma relação sexual que, segundo ela, não teve consentimento. O material foi juntado como prova na investigação.

De acordo com o site de notícias da Rede Globo, em janeiro, ela obteve medida protetiva na Justiça, com base na Lei Maria da Penha, que proíbe o juiz de se aproximar e de manter contato com a mulher e com pais e familiares dela. Na mesma decisão, Maurici Júnior foi obrigado a entregar a arma a que tem direito por ser magistrado.

O Ministério Público de São Paulo abriu investigação sobre o caso. Segundo site, para o MP o juiz “demonstrou comportamento violento, manipulador e desviado. Já a “defesa técnica do magistrado, por seus advogados Marcelo Knopfelmacher e Felipe Locke Cavalcanti, nega veementemente os fatos que lhe são imputados”. “E repudia com a mesma veemência vazamentos ilegais de processos que correm em segredo de justiça.”

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