NA ESTEIRA DO QUEBRA-QUEBRA
Jornais mundiais analisam atos criminosos em Brasília
Enquanto o Brasil investiga e acompanha as repercussões do último domingo (8), veículos ao redor do globo publicaram visões sobre atos no Palácio do Planalto
Última atualização: 15/01/2024 16:33
O Brasil ainda discute e repercute os acontecimentos de 8 de janeiro, domingo em que manifestantes radicais invadiram prédios dos três poderes em Brasília e promoveram destruição. E enquanto o País acompanhava as repercussões, com medidas judiciais, prisões e debates políticos, outra discussão acontecia mundo afora. A invasão motivou análises de jornais e especialistas estrangeiros. Alguns fizeram alertas em seus próprios países.
Análises mundiais sobre o episódio no Brasil
Los Angeles Times, EUA
"Os EUA têm sido repetidamente um modelo para o mundo, inspirando as pessoas nas outras nações a descartar a opressão e seguir nosso caminho criando sociedades estáveis e sólidas baseadas na lei, incluindo transferência ordeira e pacífica de poder. Então, talvez não devesse ser uma surpresa que alguns brasileiros tentaram seguir uma lição dos EUA no domingo. Foi a lição errada."
The Guardian, Reino Unido
"Presidente Lula, o líder de 77 anos do Partido dos Trabalhadores, vai agora precisar de toda sua considerável habilidade política para navegar por uma nação perigosamente dividida."
El País, Espanha
"O capítulo vivido neste domingo em Brasília, como aquele de dois anos atrás no ataque ao Capitólio, deve servir de lembrança para o enorme perigo que representam os movimentos radicais e a necessidade que têm as forças democráticas de se manter unidas e evitar dar-lhes oxigênio."
The Telegraph, Índia
"As maiores questões emergindo das tentativas de insurreição em Washington e Brasília são para as instituições que protegem a democracia na Índia. Suas contrapartes nos EUA e Brasil resistiriam aos líderes que queriam subverter a democracia, mantendo viva, assim, a vontade do povo. A Índia precisa que suas instituições igualmente se sustentem contra os esforços contra politização. Se isso não acontecer, o penhasco escorregadio que é a democracia pode ficar ainda mais íngreme."
Bloomberg, EUA
"Enquanto o Brasil recolhia os cacos na segunda-feira (...), era difícil não ver ecos da insurreição no Capitólio de 6 de janeiro de 2021 - inclusive porque ambos os incidentes foram inflamados por atividade nas redes sociais. (...) Tudo sublinha o maior problema: as empresas de rede social não estão investindo o suficiente em controlar desinformação que pode escalar fora de controle."
Le Figaro, França
Um dos principais jornais franceses, o Le Figaro não dedicou um editorial aos protestos, porém publicou uma entrevista questionando um especialista francês em América Latina, Christophe Ventura. Entre suas frases sobre os manifestantes: "Não foi uma guarda pretoriana que obedecia às ordens explícitas de seu chefe. Sociologicamente, são essencialmente pessoas de classe média, que se consideram despossuídas. (...) Sob o ponto de vista político, o que é fundamental é que são pessoas que romperam com o ideal democrático."
Le Monde, França
Um dos maiores jornais franceses, o Le Monde fez um editorial alertando para os perigos do populismo de direita. O jornal apontou o paralelismo com os episódios do Capitólio, nos EUA, e disse que "a democracia foi abalada pelo ataque ao coração do poder".
O Brasil ainda discute e repercute os acontecimentos de 8 de janeiro, domingo em que manifestantes radicais invadiram prédios dos três poderes em Brasília e promoveram destruição. E enquanto o País acompanhava as repercussões, com medidas judiciais, prisões e debates políticos, outra discussão acontecia mundo afora. A invasão motivou análises de jornais e especialistas estrangeiros. Alguns fizeram alertas em seus próprios países.
Análises mundiais sobre o episódio no Brasil
Los Angeles Times, EUA
"Os EUA têm sido repetidamente um modelo para o mundo, inspirando as pessoas nas outras nações a descartar a opressão e seguir nosso caminho criando sociedades estáveis e sólidas baseadas na lei, incluindo transferência ordeira e pacífica de poder. Então, talvez não devesse ser uma surpresa que alguns brasileiros tentaram seguir uma lição dos EUA no domingo. Foi a lição errada."
The Guardian, Reino Unido
"Presidente Lula, o líder de 77 anos do Partido dos Trabalhadores, vai agora precisar de toda sua considerável habilidade política para navegar por uma nação perigosamente dividida."
El País, Espanha
"O capítulo vivido neste domingo em Brasília, como aquele de dois anos atrás no ataque ao Capitólio, deve servir de lembrança para o enorme perigo que representam os movimentos radicais e a necessidade que têm as forças democráticas de se manter unidas e evitar dar-lhes oxigênio."
The Telegraph, Índia
"As maiores questões emergindo das tentativas de insurreição em Washington e Brasília são para as instituições que protegem a democracia na Índia. Suas contrapartes nos EUA e Brasil resistiriam aos líderes que queriam subverter a democracia, mantendo viva, assim, a vontade do povo. A Índia precisa que suas instituições igualmente se sustentem contra os esforços contra politização. Se isso não acontecer, o penhasco escorregadio que é a democracia pode ficar ainda mais íngreme."
Bloomberg, EUA
"Enquanto o Brasil recolhia os cacos na segunda-feira (...), era difícil não ver ecos da insurreição no Capitólio de 6 de janeiro de 2021 - inclusive porque ambos os incidentes foram inflamados por atividade nas redes sociais. (...) Tudo sublinha o maior problema: as empresas de rede social não estão investindo o suficiente em controlar desinformação que pode escalar fora de controle."
Le Figaro, França
Um dos principais jornais franceses, o Le Figaro não dedicou um editorial aos protestos, porém publicou uma entrevista questionando um especialista francês em América Latina, Christophe Ventura. Entre suas frases sobre os manifestantes: "Não foi uma guarda pretoriana que obedecia às ordens explícitas de seu chefe. Sociologicamente, são essencialmente pessoas de classe média, que se consideram despossuídas. (...) Sob o ponto de vista político, o que é fundamental é que são pessoas que romperam com o ideal democrático."
Le Monde, França
Um dos maiores jornais franceses, o Le Monde fez um editorial alertando para os perigos do populismo de direita. O jornal apontou o paralelismo com os episódios do Capitólio, nos EUA, e disse que "a democracia foi abalada pelo ataque ao coração do poder".