Uma reportagem exibida pelo Fantástico, programa televiso da Rede Globo, exibida neste domingo revelou detalhes de uma investigação que mira a plataforma Blaze e influenciadores digitais que promovem o “jogo do aviãozinho”. A empresa é suspeita de estelionato e teve mais de R$ 100 milhões bloqueados pela Justiça, que também determinou que o site fosse retirado do ar, de acordo com a atração dominical.
Foto: Reprodução/Blaze
A Polícia de São Paulo começou a investigar a empresa após denúncias de apostadores que alegavam que prêmios em valores mais altos não eram pagos pela plataforma. Apesar da decisão judicial para o site da Blaze fosse retirado do ar, o ordem não surtiu efeito, pois, segundo a reportagem, a empresa não tem representantes no Brasil. No entanto, um dos sites chegou a parar de funcionar, mas outros surgiram e os jogos de aposta continuam.
A defesa da empresa sustenta que a sede da mesma fica em Curaçao, que fica em uma ilha holandesa no Caribe, e por isso, a atividade dela não configura crime. A reportagem ainda mostrou que a Blaze possui três proprietários ocultos e relatórios indicam que parte do dinheiro é destinado para esses três brasileiros.
Conforme a reportagem, assim como no caso do famoso jogo do tigrinho, influenciadores digitais brasileiros, são pagos pela empresa para divulgar o jogo nas redes sociais. Esse grupo aparece divulga a plataforma e mostrando supostas mansões, carros de luxos e valores altos em dinheiro que teriam conquistado por causa da aposta. A matéria ainda pontuou que usuários acabaram viciados no jogo e perderam valores em dinheiros, além de prejuízos psicológicos e emocionais.
Os influencers citados pelo Fantástico foram a ex-BBB Viih Tube, que afirmou que pediu encerramento do seu contrato com a empresa. Juju Ferrari, que disse que não está mais divulgando a empresa e que sua relação com a mesma era só de publicidade. Jon Vlogs que alegou que não possui nenhuma ligação acionária com a plataforma.
Mel Maia, Juju Salimeni, Rico Melquiades e MC Kauan também foram citados, mas não se posicionaram na matéria do programa. No entanto, Mel Maia usou suas redes sociais para dizer que enviou uma nota que não foi utilizada pela emissora. Ela disse que sua equipe jurídica já procurou a Globo para solicitar esclarecimento sobre seu posicionamento não ser usado na reportagem.
Já Juju Salimeni rebateu a emissora nas redes sociais, acusando a mesma de ser patrocinada por uma casa de aposta concorrente da Blaze. Jon também usou as redes sociais para criticar a reportagem e já Rico disse que não teve tempo hábil para tomar conhecimento das informações veiculadas e que por isso optou por não responder ao Fantástico, mas sua equipe jurídica está em contato com a Blaze para apurar os fatos. Mc Kauan não se manifestou.
Como funciona o jogo do aviãozinho
O site do Uol explica que as regras são de fácil compreensão. Basicamente, os jogos da plataforma Blaze tem dinâmicas que, aparentemente, são inofensivas: cumprir tarefas antes que o tempo acabe. No caso do aviãozinho, antes da aeronave explodir.
Quanto mais alto ela ir, mais dinheiro o apostador ganha. No caso, o jogador posta um valor e assiste um avião em decolagem. O valor é multiplicado por um fator. O usuário pode escolher o jogo manual ou automático.
Avião explode de forma aleatória. Caso o jogo seja escolhido no modo automático, uma altura será predefinida antes da decolagem – o avião chegará ao número, se não explodir antes, os valores em dinheiro são liberados.
Já se o jogo for de forma manual, o apostador segue os movimentos da aeronave e precisa pressionar o botão de saída antes da palavra “crashed” apareça na tela. Se não conseguir, perde dinheiro.
Esse tipo de jogo é classificado como cassino e é proibido no Brasil por se tratar de jogo de azar. Isso porque os jogos iludem a vítima com possibilidade de ganho, além de poder gerar vício, depressão e ansiedade. Segundo a reportagem, empresas, apostadores e divulgadores podem ser punidos pela prática do jogo.
*Com informações dos portais de notícias UOL e Terra
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