SEMELHANÇAS
Invasão em Brasília lembra confronto no Congresso dos Estados Unidos
Há dois anos, manifestantes invadiram o Capitólio para tentar impedir a certificação da vitória de Joe Biden
Última atualização: 17/01/2024 15:15
A invasão de áreas do Congresso Nacional neste domingo (8), em Brasília, por bolsonaristas radicais, apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro, lembra muito outras ações extremistas registradas pelo mundo, especialmente a do Capitólio, em Washington, nos Estados Unidos, que completou dois anos na última sexta-feira.
Em 6 de janeiro de 2021, extremistas invadiram o Congresso norte-americano durante a sessão conjunta que confirmaria os resultados das eleições de 2020, vencidas por Joe Biden sobre o então presidente Donald Trump. Naquele dia, apoiadores de Trump foram até o local após meses alegando fraude nas votações, o que nunca foi comprovado e amplamente desmentido por autoridades. Na invasão aconteceram mortes de cinco pessoas, além de inúmeros feridos e objetos de significado histórico foram destruídos e danificados.
Não é a primeira vez no Brasil
Esta não foi a primeira vez que manifestantes insatisfeitos com o governo brasileiro invadem o Congresso Nacional. Em junho de 2013, dezenas de pessoas furaram o bloqueio da Polícia Militar, passando do gramado do Legislativo, aos gritos de “a-ha, u-hu, o Congresso é nosso”, e ocuparam a marquise onde ficam as cúpulas da Câmara Federal e do Senado. Na época, dois foram detidos depois que os PMs tiveram de usar gás de pimenta para reprimir os ânimos do grupo. Uma vidraça foi quebrada. O Palácio do Itamaraty também foi danificado e a Catedral de Brasília, pichada.
O ataque foi o ápice de uma série de manifestações no País por passe livre no transporte público e contra os gastos com as copas do Mundo e das Confederações. Houve atos em diferentes capitais. Em Porto Alegre, por exemplo, manifestantes incendiaram ônibus e contêineres, além de promoverem atos de vandalismo no Centro até serem dispersados com bombas de gás.
No mundo
No Chile, em 25 de outubro de 2019, a polícia teve de usar bombas de gás lacrimogêneo e jatos de água para afastar os manifestantes que tentavam invadir o Congresso. Por lá, o motivo dos protestos foi o alto custo de vida e baixos salários e aposentadorias, depois de novo aumento do preço das passagens do metrô.