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DESASTRE AÉREO

Gritos, pergunta do copiloto e estrondo: Caixa-preta gravou últimas conversas antes da queda do avião da Voepass

Acidente aéreo em Vinhedo, interior de São Paulo, teve 62 vítimas entre passageiros e tripulantes

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Publicado em: 15/08/2024 às 10h:11 Última atualização: 15/08/2024 às 10h:12
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Análise preliminar da caixa-preta que gravou as vozes na cabine do avião da Voepass que caiu com 62 pessoas a bordo em Vinhedo, no interior de São Paulo, na sexta-feira (9), indica que o copiloto Humberto de Campos Alencar e Silva perguntou ao piloto Danilo Santos Romano o que estava acontecendo após perceber que a aeronave perdia sustentação.

Conforme reportagem do Jornal Nacional, da TV Globo, na quarta-feira (14), até o avião cair se passou cerca de 1 minuto e a gravação é finalizada com gritos.

No total, foram transcritas cerca de duas horas de conversas na cabine. Após a perda repentina de altitude, o copiloto disse ser necessário “dar potência” à aeronave para tentar estabilizar o avião. Contudo, depois de um minuto, é possível ouvir os gritos e um estrondo.

FAB divulgou imagens da caixa preta do ATR-72 que caiu em Vinhedo | abc+



FAB divulgou imagens da caixa preta do ATR-72 que caiu em Vinhedo

Foto: Divulgação

LEIA TAMBÉM: Vídeo mostra o percurso do avião ATR-72 da Voepass até o momento da queda em Vinhedo

O trabalho foi feito pelo Laboratório de Leitura e Análise de Dados de Gravadores de Voo do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), órgão da Força Aérea Brasileira (FAB) responsável pela investigação.

A FAB afirma que a imprensa não teve acesso aos áudios, transcrições e dados das caixas-pretas (leia mais abaixo).

CLIQUE PARA LER: Veja a lista completa dos 62 mortos na queda do avião da Voepass no interior de São Paulo

Segundo a Globo, não foi possível identificar até o momento a causa para a queda do avião e, como o avião modelo ATR 72-500 tem as hélices muito próximas da cabine, o excesso de barulho dificultou a compreensão dos diálogos.

Não foram identificados sons de alertas de presença de fogo, falha elétrica ou de pane no motor.

Conforme investigadores ouvidos pelo Jornal Nacional, o copiloto Humberto de Campos Alencar e Silva chegou a dizer que era preciso dar potência para estabilizar a aeronave e impedir a queda depois que percebeu que o avião estava perdendo sustentação.

O relatório preliminar sobre o acidente deve ficar pronto em 30 dias.

As causas estão sendo investigadas pelo Cenipa, ligado à Força Aérea Brasileira (FAB). É o acidente com o maior número de vítimas desde a queda da aeronave da TAM, em São Paulo, em 17 de junho de 2007, que vitimou 199 pessoas.

A Voepass afirma que a aeronave, do tipo ATR, estava em boa condição e havia passado por manutenção. O modelo, considerado seguro, é bastante usado na aviação comercial em viagens curtas.

SAIBA MAIS: Morador de Campo Bom é velado 5 dias após queda de avião da Voepass

FAB diz seguir protocolos legais

A Força Aérea, por meio do Cenipa, “assegura que nenhum veículo de imprensa teve acesso aos áudios, transcrições, tampouco aos dados dos gravadores de voo, popularmente conhecidos como caixas-pretas (Cockpit Voice Recorder e Flight Data Recorder) da aeronave de matrícula PS-VPB”, envolvida no acidente aéreo em Vinhedo.

Avião da companhia Voepass com 62 pessoas a bordo caiu no interior de São Paulo; não há sobreviventes | abc+



Avião da companhia Voepass com 62 pessoas a bordo caiu no interior de São Paulo; não há sobreviventes

Foto: MIGUEL SCHINCARIOL/AFP

O Cenipa destaca, ainda, que “segue estritamente os protocolos específicos estabelecidos pela Lei 7.565/1986 (Código Brasileiro de Aeronáutica – CBA), pelo Decreto 9.540/2018 e pelo Anexo 13 à Convenção sobre Aviação Civil Internacional, de 1944”.

Além disso, a FAB “reitera seu compromisso com a transparência e a seriedade na condução das investigações, bem como pelo respeito à dor dos familiares das vítimas envolvidas no acidente”.

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Com informações de O Estado de S.Paulo e O Globo

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