Nesta sexta-feira (28), o governo Luiz Inácio Lula da Silva voltou a falar sobre assuntos que estão no radar dos trabalhadores. Entre os temas, o ministro do Trabalho, Luiz Marinho, reforçou o compromisso com a ampliação na faixa de isenção do Imposto de Renda, que vai para dois salários mínimos nos valores reajustados.
À Folha de S.Paulo, Marinho disse que o governo vai editar uma medida provisória até segunda-feira (1º) elevando a faixa de isenção para quem ganha até R$ 2.640 a partir de maio.
“Salários até R$ 2.640 não vão ter um centavo retido na fonte, o que também ajuda no poder de compra, em especial nesse segmento. Ajuda para cima também, mas em especial nesse segmento”, afirmou.
O impacto da correção da tabela nos cofres da União será de R$ 3,2 bilhões neste ano. Já a renúncia de receitas no ano que vem será de cerca de R$ 6 bilhões.
Salário mínimo
Como já havia se manifestado ontem, o gestor reiterou que o governo vai retomar a política de valorização do salário mínimo levando em consideração a inflação e a variação do Produto Interno Bruto (PIB) em proposta a ser encaminhada ao Congresso Nacional.
“A retomada do crescimento é essencial para retomada da geração de emprego e renda”, disse Marinho em evento no Palácio do Planalto de sanção do projeto de lei de reajuste dos salários dos servidores públicos federais civis, incluindo aposentados e pensionistas.
Ao longo do discurso, Marinho também engrossou o coro do governo contra o Banco Central. “Nós temos uma trava do Banco Central que insiste em falar que não existem parâmetros técnicos para iniciar queda de juros”, afirmou o ministro do Trabalho. “Seguramente seria uma injeção na veia dos empregos formais do País”, argumentou, sobre um eventual relaxamento monetário.
O reajuste dos servidores será concedido de forma linear a todas as categorias e foi aprovado na quarta-feira, 26, pelo Congresso Nacional e começa a contar na folha de 1º de maio, sendo pago a partir de 1º de junho. O projeto também prevê reajuste de R$ 200 no auxílio-alimentação, que passa de R$ 458 para R$ 658.
Segundo o Ministério da Gestão, o impacto do aumento salarial nas contas públicas é de R$ 11 bilhões e já estava previsto no Orçamento deste ano. Mesmo assim, será necessário abrir um crédito adicional de R$ 280 milhões para complementar o pagamento. Esse é o primeiro reajuste para servidores públicos desde 2016.
Com informações de Estadão
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