A prefeitura de Giruá, município do noroeste do Rio Grande do Sul que foi fortemente atingido pela chuva na noite desta quarta-feira (15), diz que 100 casas foram destelhadas, diversas árvores caíram nas vias e que a maior parte da cidade ficou sem energia elétrica. O executivo contabiliza os estragos e ainda não divulgou os números oficiais.
A região mais afetada foi o bairro Mucha, onde ficava o ginásio Splendor Sports, que ficou totalmente destruído após desabar. Uma jovem de 24 anos, que estava no local, morreu e cerca de 60 pessoas ficaram feridas, duas em estado grave.
De acordo com o Corpo de Bombeiros da cidade, o desabamento da quadra esportiva aconteceu devido ao temporal com forte vento que atingiu o município na noite de ontem, por volta das 21h15. A jovem que morreu foi identificada como Isabeli Soardi.
Na manhã desta quinta-feira (16), o governador Eduardo Leite usou as redes sociais para se pronunciar sobre o ocorrido. “A Defesa Civil estadual, em parceria com os municípios, trabalha desde a noite de ontem no Noroeste gaúcho, região fortemente atingida por mais um evento climático.” Leite também lamentou a morte da jovem.
A Defesa Civil estadual, em parceria com os municípios, trabalha desde a noite de ontem no Noroeste gaúcho, região fortemente atingida por mais um evento climático. Lamento a morte ocorrida em Giruá e desejo rápida recuperação a todos os feridos.
— Eduardo Leite (@EduardoLeite_) November 16, 2023
O que causou o temporal?
De acordo com a MetSul Meteorologia, o forte temporal foi causado por um sistema chamado Complexo Convectivo de Mesoescala.
TEMPO | Animação das imagens de satélite entre 21h de quarta e 0h de hoje mostra a formação explosiva de um CCM (Complexo Convectivo de Mesoescala), um aglomerado de nuvens de tempestade, sobre o Sul do Brasil. Leia alertas em https://t.co/cCRIo33qLf. pic.twitter.com/Ep88vJuLu3
— MetSul Meteorologia (@metsul) November 16, 2023
“Trata-se de um grande aglomerado circular e de longa duração de nuvens muito carregadas, de grande desenvolvimento vertical, que podem atingir de dez a vinte quilômetros de altura. Estes aglomerados são identificados a partir de imagens de satélite, e costumeiramente provocam chuva forte a intensa e tempestades”, explica a meteorologista Estael Sias.
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Conforme a MetSul, esses complexos ocorrem sob uma atmosfera quente e úmida é um fenômeno comum em meses de primavera e de verão enquanto. É comum que aconteça em dias muito quentes e abafados.
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