Após o cancelar o leilão que previa a compra de 263 mil toneladas de arroz, o governo federal anunciou a demissão de Neri Geller, então secretário do Ministério da Agricultura. Gaúcho, Geller é filiado ao PP e foi deputado federal pelo Mato Grosso, além disso, também ocupou o cargo de ministro da Agricultura no governo Dilma Rousseff.
Conforme o colunista do Estadão, Eduardo Gayer, Geller acabou responsabilizado pelos problemas do leilão porque o diretor de abastecimento da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), Thiago dos Santos, era uma indicação direta do então secretário.
Outra motivação foi a ligação entre Thiago, a empresa que atuou como corretora do leilão e o empresário Robson Almeida de França. Ele foi assessor parlamentar de Geller e é sócio de Marcello Geller, filho do ex-deputado.
Em reunião com os ministros Carlos Fávaro (Agricultura) e Paulo Teixeira (Desenvolvimento Agrário), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), teria mostrando descontentamento com o leilão do arroz. Conforme fontes do colunista Eduardo Gayer, Lula ficou irritado pela maneira que o certame foi conduzido, dando munição para a oposição.
Pelo histórico do secretário da Agricultura, apenas Lula poderia dar aval à exoneração, afirmaram aliados ao colunista do Estadão. Geller se aproximou do governo durante a campanha de Gleisi Hoffmann, presidente do PT.
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