POLÍCIA

Filha de pintora suíça é libertada de cárcere no Brasil e raridades são encontradas no local; veja

Mulher era mantida por criminosos em casa no Rio de Janeiro há mais de seis meses; três foram presos

Publicado em: 31/05/2023 09:14
Última atualização: 26/03/2024 14:46

A filha de uma pintora suíça era mantida em cárcere privado em uma casa, em Paraty, no Rio de Janeiro. Uma denúncia anônima fez a Polícia Civil do Rio de Janeiro descobrir que a mulher de 67 anos estava no local havia mais de seis meses. Ela foi resgatada na terça-feira (30). Três suspeitos do crime foram presos.

Filha de pintora suíça era mantida em cárcere privado em casa, em Paraty Foto: Polícia Civil/Reprodução

Na casa havia mais de 300 quadros, pintados pela mãe da idosa, que morava em Paraty e morreu há anos. Algumas das obras têm o selo do Museu Nacional da Suíça.

A mulher fala poucas palavras em português e, ao ser resgatada, apresentava quadro de confusão mental. Até a noite desta terça-feira a polícia não havia localizado parentes vivos dela.

A polícia ainda não sabe exatamente como os criminosos detiveram a vítima nem de que forma se aproveitavam dela, mas os indícios são de que pegavam seu dinheiro, possivelmente recebendo alugueis que ela recebia e até tentando vender imóveis.

Um dos presos tinha uma escritura de uma casa que é da idosa, fica no município paulista de Cunha e vale R$ 1,8 milhão.

A casa onde a vítima estava fica em um condomínio fechado no bairro Ponte Branca. Segundo a polícia, vizinhos supunham que o imóvel estava vazio, porque raramente tinha movimento.

Quando a polícia chegou e invadiu a casa arrombando as portas, deteve um rapaz de 20 anos que aparentemente vigiava a idosa. Outros dois suspeitos, de 27 e 42 anos, foram presos ao chegar ao imóvel - ao notar a presença dos policiais eles tentaram fugir, mas foram perseguidos e detidos.


Quadro apreendido no local onde suíça era mantida em cárcere privado em casa, em Paraty Foto: Polícia Civil/Reprodução

Aparentemente, a vítima era maltratada - faltavam comida e conforto no imóvel, onde a única geladeira estava queimada e servia apenas como armário, mas guardava comida estragada.

A vítima foi encaminhada ao Hospital Municipal de Paraty para receber cuidados médicos. Os quadros foram apreendidos e serão submetidos a perícia.

Depois, o consulado da Suíça será avisado para que as obras sejam encaminhadas ao Museu Nacional daquele país, se for o caso. O caso é investigado pela 167ª DP (Paraty).

A polícia não divulgou o nome da vítima nem dos presos.

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