Dezembro chega junto a árvores de Natal, planos para comemorações, qual presente comprar… Enquanto alguns se enchem com a atmosfera de festas, outros somente sentem o desespero de ver um ano passar correndo pelos olhos. Mais um ciclo acaba e todas as coisas que não foram realizadas se tornam um fardo. É então que a tristeza e o medo fazem morada, podendo chegar a depressão a até ao isolamento social. É a chamada dezembrite ou síndrome do fim de ano.
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Ela é considerada um padrão de depressão sazonal, ou seja, que acontece em épocas específicas do ano, geralmente em países com menos luz solar em períodos de outono e inverno. Entretanto, no Brasil é desenvolvida por outros fatores.
O que causa a dezembrite?
O fim de ano é uma época estressante e turbulenta. Existem as filas das compras, as listas, o dinheiro, as confraternizações. É também nostálgica e, em alguns casos, deprimente, principalmente quando a pessoa enfrenta o luto e até frustração ao idealizar famílias grandes e unidas e se deparar com uma realidade sem muitas pessoas em volta.
Segundo o médico psiquiatra, fundador e diretor do Instituto Psiquiatria Paulista, doutor Henrique Bottura, tudo isso junto ao fechamento de ciclos pode causar o transtorno. Para ele, é normal que as pessoas fiquem sentimentais nessa época do ano e por tanto a síndrome seja mais comum.
Principais sintomas:
- tristeza e desânimo constante;
- falta de apetite;
- irritabilidade;
- mudanças de humor;
- alterações no ciclo do sono;
- desinteresse por atividades;
- falta de energia;
- dificuldade em socializar e de concentração;
Como lidar?
O tratamento é diferente para cada pessoa, já que os motivos para a síndrome são diferentes. No geral, Bottura lista algumas atitudes que podem abrandar os sintomas e ajudar a lidar com os sentimentos.
Não se cobre
Ao olhar para o “ano velho”, é normal fazer um balanço das realizações pessoais, mas é preciso não se cobrar demais pelo que não saiu como planejado.
Passe período com quem gosta
Pode ser frustrante não ter a família de comercial de margarina vista na televisão ou nas redes sociais, mas é completamente comum. Se rodear das pessoas realmente queridas pode fazer a diferença e tornar o momento mais agradável e feliz.
Faça o que te dá prazer
Não quer sair? Fique em casa. Faça o que te dá prazer, seja ver um filme, ir em jantares, ou ler. O importante é se divertir.
Permita-se viver o agora
Com a cabeça presa entre o ontem e o amanhã, é fácil esquecer do hoje. Permita-se viver os momentos, sem pensar nas angústias do que ainda pode vir. O futuro começa no presente e é o único que pode ser mudado.
Busque ajuda
Se os sentimentos forem demais para lidar sozinho, não pense duas vezes e busque ajuda especializada.
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