Faustão recebeu um novo coração neste domingo (27), após a equipe transplantadora do paciente que ocupava o top da lista recusar o órgão.
Conforme a Central de Transplantes do Estado de São Paulo, na madrugada do dia 27, o sistema encontrou 12 pacientes que atendiam aos requisitos para o transplante. No entanto, o apresentador ocupava o segundo lugar entre os casos prioritários.
A coordenadora-geral do Sistema Nacional de Transplantes, Daniela Salomão, disse quais são os motivos para se recusar um órgão: “Depende da condição do receptor no momento da oferta. Pode ser que o receptor não esteja em condições ideais. Você está na lista aguardando e, infelizmente, no momento que sai a doação, você pode ter uma infecção. Uma condição que o impeça de fazer o transplante em condições de segurança”.
Também é levado em consideração as condições do doador e do órgão. “[Se há] alguma doença pré-existente que possa comprometer a qualidade daquele órgão a ser doado. A condição do doador naquele momento, em termos de infecção, uso de medicamentos.”
“A equipe recebe os dados técnicos do doador. Então pode ser que o paciente, naquele momento, por algumas características, não queira receber o órgão daquele doador especificamente.”
Como funciona a lista de espera para transplante de coração?
A fila é única e controlada pelo Sistema único de Saúde, o SUS. Pacientes de redes públicas e privadas são sujeitos aos mesmos critérios técnicos, que consideram tipagem sanguínea, compatibilidade de peso e altura, compatibilidade genética e gravidade. Quando acontece um empate, a ordem de chegada é utilizada como critério de desempate.
“Os pacientes mais críticos, em situações mais graves, têm o mesmo direito de serem transplantados antes de pacientes menos críticos. O sistema faz esse ranqueamento de acordo com a gravidade da situação do paciente. Como é que o sistema enxerga a gravidade? Ele já tem os parâmetros pré-estabelecidos”, explica Daniela.
A coordenadora, em entrevista ao Splash UOL, também falou sobre os critérios de gravidade. “No transplante cardíaco, por exemplo, o critério de prioridade número um é aquele paciente que foi transplantado e que o órgão não funcionou. Esse paciente passa na frente de qualquer outro paciente em lista.”
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