RAINHA DO ROCK

Fãs enfrentam fila, cantam e choram na despedida da cantora Rita Lee em São Paulo

Velório é aberto ao público e ocorre no Parque do Ibirapuera até as 17 horas desta quarta-feira (10)

Publicado em: 10/05/2023 11:51
Última atualização: 21/12/2023 13:31

O velório de Rita Lee ocorre no Parque do Ibirapuera, em São Paulo, até as 17 horas desta quarta-feira (10). A despedida é aberta ao público. A cantora faleceu na segunda-feira (8). A cerimônia de cremação será particular.


Fãs enfrentam fila, cantam e choram na despedida da cantora Rita Lee em São Paulo Foto: Reprodção/Twitter

Nesta manhã, fãs lotaram o local com cartazes e figurinos inspirados na artista. Por volta das 9h30, segundo publicação da Folha de S. Paulo, centenas de fãs se reuniam fora do Planetário. O grupo formado por pessoas de todas as idades, de adolescentes a idosos, cantou sucessos como "Lança Perfume" e "Ovelha Negra".


Fãs enfrentam fila, cantam e choram na despedida da cantora Rita Lee em São Paulo Foto: Reprodção/Twitter

No local do velório, admiradores da cantora entram a todo instante. Muitos deles choram. Eles também deixam flores e cartas no local.

Para a GloboNews, o filho João Lee elogiou a trajetória da mãe. "Ela é melhor ainda pela dignidade, pela honestidade que ela vivia no dia a dia". 

Em entrevista ao Metrópoles, uma fã destacou a importância da cantora na sua vida e na sua carreira musical. "Pela coragem de ser quem eu sou."

Um outro fã, vestido de Elvis Presley, conta que foi o primeiro na fila. "Foi uma mulher muito à frente do tempo dela. Não tem nenhuma mulher que fez e que representa o que a Rita Lee fez."

Em sua autobiografia, falou sobre a própria morte

Sua autobiografia lançada em 2016, pela editora Globo, foi um sucesso. No livro, Rita previu como seria sua despedida. No intertítulo Profecia, ela escreveu:

"Quando eu morrer, posso imaginar as palavras de carinho de quem me detesta.

Algumas rádios tocarão minhas músicas sem cobrar jabá, colegas dirão que eu farei falta no mundo da música, quem sabe até deem meu nome para uma rua sem saída. Os fãs, esses sinceros, empunharão capas dos meus discos e entoarão Ovelha Negra, as TVs já devem ter na manga um resumo da minha trajetória para exibir no telejornal do dia e uma notinha no obituário de algumas revistas há de sair.

Nas redes virtuais, alguns dirão: "Ué, pensei que a veia já tivesse morrido, kkkk". Nenhum político se atreverá a comparecer a meu velório, uma vez que nunca compareci ao palanque de nenhum deles e me levantaria do caixão para vaiá-los. Enquanto isso, estarei eu de alma presente no céu tocando autoharp e cantando para Deus: 'Thank you Lord, finally sedated' ('obrigada Senhor, finalmente sedada').

Epitáfio: "Ela nunca foi um bom exemplo, mas era gente boa."

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