MERCADO EXTERNO
Exportações de componentes para couro e calçados crescem 6% em abril
Portugal desbancou a China e se tornou o principal destino dos embarques brasileiros
Última atualização: 26/03/2024 15:02
As exportações brasileiras de componentes e produtos químicos para couros e calçados tiveram um crescimento tímido em abril, registrando alta de 6%, na comparação com o mês anterior. O mês quatro gerou US 70,56 milhões, 4% mais do que no mesmo período do ano passado.
Já no acumulado do quadrimestre, os embarques somaram US 235,67 milhões, 2% mais do que o intervalo de 2022.
Os dados são da Associação Brasileira das Empresas de Componentes para Couro, Calçados e Artefatos (Assintecal). De acordo com o gestor de Mercado Internacional da Assintecal, Luiz Ribas Júnior, a reação positiva tem sido puxada por países da América Latina.
"Destinos tradicionais, como China, Argentina e Estados Unidos estão perdendo espaço no ranking para países vizinhos, como Colômbia, Chile e Bolívia”, avalia.
Desempenho gaúcho
Principal origem dos produtos químicos e materiais exportados no quadrimestre, as fábricas gaúchas somaram mais de US 127,9 milhões em exportações, 8% mais do que no mesmo período de 2022.
Atualmente, o Rio Grande do Sul responde por mais de 50% das divisas geradas pelas exportações do setor. Na segunda posição do ranking aparece São Paulo, de onde foram embarcados o equivalente a US 30 milhões, 21% mais do que no mesmo intervalo do ano passado.
Destinos
Embora as exportações de componentes e químicos para couro e calçados estejam em uma crescente, os principais destinos registram queda no quadrimestre em comparação com mesmo período de 2022.
Ao longo do quadrimestre deste ano, Portugal foi o país que mais recebeu embarques brasileiros, desbancando a China. Foram enviados o equivalente a US 27,9 milhões, 55% menos do que no mesmo período do ano passado.
O segundo destino do período foi a Argentina. Em crise e adotando medidas para segurar a saída de dólares, o país vizinho importou o equivalente a US 27,6 milhões em materiais e químicos verde-amarelos nos primeiros quatro meses de 2023, uma queda de 121% em relação ao mesmo período do ano passado.
“A Argentina, além de passar por uma grave crise econômica, vem dificultando as importações para tentar segurar a saída de dólares do País”, comenta Ribas Júnior.
Completando o ranking aparece a China, que tradicionalmente é o maior comprador internacional do setor, principalmente de produtos químicos. No quadrimestre, foram embarcados para lá US 22,9 milhões, 18% menos do que no mesmo período do ano passado.