AÇÃO CONJUNTA
Estudante de psicologia é suspeito de abusar de mais de 300 crianças; vítimas eram atraídas por jogos online
Homem foi preso nesta quarta-feira. Investigação aponta que ele armazenava materiais pornográficos relacionados à pedofilia desde 2016
Última atualização: 09/08/2023 17:30
Um homem de 26 anos foi preso nesta quarta-feira (9) suspeito de cometer crimes sexuais contra mais de 300 crianças. Segundo a Polícia, ele é estudante de psicologia e foi detido em flagrante em uma quitinete na Vila Pontes, em Foz do Iguaçu, no Paraná.
A prisão foi feita pela Polícia Civil e pela Federal. A investigação, que contou com o apoio de autoridades dos Estados Unidos, mostra que o suspeito usava jogos online para atrair as vítimas. As informações são do G1.
O homem é suspeito de crimes de estupro de vulnerável, estupro virtual de vulnerável, produção, armazenamento e compartilhamento de pornografia infantil e aliciamento de criança para a prática de atos libidinosos. Além de deterem o estudante, as equipes policiais também cumpriram mandados de busca e apreensão.
Conforme o delegado Rodrigo Colombelli, da Divisão de Investigações sobre Narcóticos (Denarc), disse ao portal, os peritos encontraram conteúdo considerado como pornografia infantil na casa do suspeito. Durante a investigação, a PC afirma que localizou mais de 1,7 mil arquivos envolvendo o crime. Mais de 350 foram produzidos pelo homem enquanto cometia atos de estupro de vulnerável.
Vítimas brasileiras e estrangeiras
A apuração da Polícia foi feita por meio de técnicas de investigação cibernética e de intensiva tecnologia. Entre as vítimas, há crianças do Brasil e de outros países.
O delegado Marco Smith, da Polícia Federal em Foz do Iguaçu, informou ao G1 que o suspeito usava jogos online para chegar às crianças. "Esse rapaz conseguia as imagens e conseguia aliciar essas crianças e adolescentes através de jogos eletrônicos", explica o delegado.
Smith diz ainda que vários jogos permitem que o jogador passe a outro itens colecionáveis e moedas virtuais, presentes que o estudante usava de subterfúgio para convencer as vítimas a enviarem imagens. "Os pais têm que monitorar as atividades dos seus filhos online", alerta.
O homem teria conseguido aliciar menores através de perfis falsos. Em nota, a Polícia informou que ele obrigava as crianças a cometerem "atos sexuais sozinhas ou com objetos". Além disso, o abusador gravava tudo, inclusive o próprio rosto.
A investigação aponta ainda que ele armazenava materiais pornográficos relacionados à pedofilia desde 2016. De acordo com a PC, ele poderia estar usando os conhecimentos do curso de psicologia para induzir e manipular as crianças.
Denuncie
Denúncias de violência sexual contra crianças e adolescentes ou de violência familiar e doméstica contra mulheres podem ser feitas, inclusive de forma anônima, pelo Disque 100.
Também é possível relatar casos para a Brigada Militar, pelo 190, ou acionar o Conselho Tutelar da sua cidade.