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ESTADO DE SAÚDE

Estado de saúde gravíssimo: Como está jovem que foi baleada pela PRF na véspera de Natal

Jovem de apenas 26 anos foi baleada durante abordagem da PRF no Rio de Janeiro

Publicado em: 28/12/2024 às 14h:10 Última atualização: 28/12/2024 às 14h:11
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O estado de saúde da jovem que foi baleada pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) na terça-feira (24), véspera de Natal, continua gravíssimo. O caso aconteceu em Duque de Caxias, no Rio de Janeiro

ENTENDA: “Começaram a mandar tiro”: Jovem é baleada na cabeça pela PRF na véspera do Natal

Jovem foi baleada durante abordagem da PRF, no Rio de Janeiro | abc+



Jovem foi baleada durante abordagem da PRF, no Rio de Janeiro

Foto: Reprodução

Conforme boletim divulgado na tarde desta sexta-feira (27), a paciente Juliana Leite Rangel, de 26 anos, segue internada no Centro de Terapia Intensiva do Hospital Municipalizado Adão Pereira Nunes. Ela está entubada e é acompanhada por serviço de neurocirurgia, em conjunto com equipe multidisciplinar. Não há previsão de alta.

Segundo nota divulgada pela prefeitura de Duque de Caxias, Juliana deu entrada na unidade na noite de véspera do Natal, levada pela PRF, vítima de lesão por arma de fogo na região do crânio. Ao chegar no local, a paciente foi entubada e encaminhada diretamente para o centro cirúrgico, onde passou por procedimento, sem intercorrências.

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A jovem estava no carro da família com o pai, a mãe, o irmão e cunhada a caminho de uma festa de Natal em Niterói, quando os policiais dispararam em série contra o veículo. Um tiro, provavelmente de fuzil, feito a partir de uma viatura da PRF, atingiu a lateral esquerda do crânio da paciente. Com o impacto do projétil, fragmentos da caixa craniana entraram no cérebro e uma cirurgia foi necessária para removê-los.

Na quarta-feira (25), o Ministério Público Federal (MPF) instaurou um procedimento investigatório criminal para apurar a conduta dos agentes da PRF. No procedimento, o MPF pede que as viaturas que estavam na abordagem sejam recolhidas, assim como as armas dos policiais, e que a PF informe o que já foi apurado sobre o caso.

O MPF pede ainda que sejam informadas as medidas de assistência prestadas pela PRF à família de Juliana. A Polícia Federal também investiga o caso.

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O pai de Juliana, Alexandre Rangel, disse ao Estadão que dirigia o carro quando, ao avistar a viatura da PRF, abriu passagem para o veículo passar. No entanto, os agentes começaram a atirar contra a família.

“Não deram ordem de parada, não deram nada. Eu percebi que era tiro quando estilhaçou o vidro do carro. Eu pedi para os meus filhos e para a namorada do meu filho adolescente se agacharem e ficarem deitados no assoalho. Eles continuaram metendo tiro, mais de 30. De fuzil, pistola”, disse.

Alexandre também foi atingido por um tiro no dedo. Ele se deitou para se proteger, mas continuou dirigindo o veículo para o acostamento, mesmo sem enxergar a pista. “Eu falei que ‘aqui tem família, aqui tem família’. Eles falaram: ‘Vocês atiraram na gente’. Eu falei: ‘Nem arma eu tenho. Como eu vou atirar em vocês se nem arma eu tenho? Eu só tenho família’.”

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Em nota, a PRF informou que os agentes – dois homens e uma mulher – envolvidos no caso foram afastados preventivamente das atividades operacionais. O órgão lamentou profundamente o episódio e disse que presta assistência à família. A PRF abriu um procedimento interno, em Brasília, para apurar as circunstâncias do ocorrido.

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