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Entenda por que o ciclone bomba traz risco de tempestades severas no Sul do Brasil mesmo longe do continente

Fenômeno vai acompanhar a onda de tempestades que atingirá a região entre o domingo (1º) e a segunda-feira

Kassiane Michel
Publicado em: 30/11/2024 às 18h:25
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Um ciclone bomba vai se formar próximo ao Sul do Brasil no início da semana. O fenômeno vai acompanhar a onda de tempestades que atingirá a região entre o domingo (1º) e a segunda-feira (2), com risco de tempestades fortes a severas no Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná.

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Entenda por que o ciclone bomba traz risco de tempestades severas no Sul do Brasil mesmo longe do continente

Foto: MetSul/Reprodução

O motivo pelo qual o ciclone bomba traz risco para o Sul é que terá uma rápida ciclogênese, ou seja, o seu processo de formação será rápido, o que contribuirá para a severidade das tempestades.

O perigo maior será devido a áreas de instabilidade que se formarão durante o processo de formação do ciclone, entre a tarde e a noite de domingo. O tempo severo poderá seguir nas primeiras horas da segunda-feira. Nos dois dias, a previsão é de “alta probabilidade de tempestades fortes a severas com impactos em grande número de localidades”.

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A MetSul Meteorologia explica que o ciclone ficará maduro no oceano, longe da costa. “Vai se afastar muitíssimo rápido do continente na segunda-feira, assim, não são esperados ventos ciclônicos por horas seguidas, como ocorre em ciclones intensos. O campo de vento intenso do ciclone bomba vai ficar em alto mar.”

Riscos

Os temporais podem causar alagamentos, destelhamentos, quedas de árvores, postes e colapso de estruturas, conforme a empresa de meteorologia.

No Rio Grande do Sul e Santa Catarina a instabilidade será mais intensa. Os dois estados podem ter fortes e severas tempestades, com chuva torrencial de curta duração e altos volumes, muitos raios, queda de granizo de tamanhos variados e vendavais, com ventos acima de 100 km/h e mais isoladamente acima de 120 km/h.

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Ciclone bomba já atingiu o Sul em 2020

Entre os dias 30 de junho e 1º de julho de 2020, o Sul do Brasil foi atingido por um ciclone bomba que se formou no Atlântico Sul. O fenômeno deixou 13 mortos, sendo onze em Santa Catarina, uma no Paraná e uma no Rio Grande do Sul.

“A enorme diferença deste ciclone bomba de agora em dezembro de 2024 para o do começo de julho de 2020 é o posicionamento. Os impactos foram enormes no Sul do Brasil em 2020 porque a ciclogênese explosiva se deu muito perto da região, a Sudeste do Chuí. Desta vez, a bomba meteorológica vai se atuar a uma grande distância da parte meridional do território brasileiro, o que não significa que deixará de impactar as condições meteorológicas no Sul do País”, diz a MetSul.

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O que é um ciclone bomba?

Um ciclone bomba, segundo a MetSul, é um sistema de baixa pressão atmosférica que se intensifica rapidamente em um curto período de tempo. O termo “bomba” refere-se ao rápido aprofundamento do ciclone, caracterizado por uma queda de pelo menos 24 milibares ou hectopascais na pressão atmosférica no centro do ciclone em 24 horas, um fenômeno conhecido como “ciclogênese explosiva”.
Esse tipo de ciclone é comum em regiões onde massas de ar quente e frio interagem, como ao longo das costas marítimas ou em zonas de transição climática, casos das latitudes médias da América do Sul. A diferença extrema de temperatura (ar quente e frio) e de pressão entre essas massas de ar gera ventos fortes, chuvas intensas e, em alguns casos, tempestades de neve ou granizo, conforme a parte do mundo e a época do ano. 
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