Cinco pessoas já morreram em Buenos Aires, devido à onda de frio extremo que atinge a Argentina. Além das mortes de pessoas em situação de rua, as baixas temperaturas também impactam nas tarifas de água e luz, cada vez mais caras no país vizinho.
Estas situações, conforme a jornalista do Clarín, Irene Hartmann, “aniquilam qualquer romantismo do inverno argentino.” Em seu espaço no periódico, Irene destaca que o frio pode trazer um risco também para o verão e explica a razão.
O motivo são os tipos de frio e as diferenças entre a “geada branca” e a “geada negra”, com mais ou menos umidade. “A geada branca, que deixa a sensação de neve, é produzida quando o ar está muito seco, mas, com quantidade suficiente de umidade para formar uma camada branca sobre as plantas. Essa camada protege a vegetação”, afirma ao Clarín a especialista do Serviço Meteorológico Nacional, Cindy Fernandéz.
No entanto, a onda de frio atual é caracterizada pela seca e pode ser potencializada pelo La Niña, que deve manter o hemisfério sul com estiagem a partir do fim de julho.
“Quanto mais frio é o ar, mais seco será.” Cindy relata que o frio intenso pode provocar a “morte” da vegetação, deixando o solo seco e mais propício para combustão somada ao calor do verão. “Por isso se chama geada negra, já que a seiva da planta fica congelada, causando a necrose do ambiente”, completa.
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