Política
Em posse, Sônia Guajajara cita crise humanitária no País com críticas a Bolsonaro
Última atualização: 15/01/2024 16:41
A ministra empossada dos Povos IndÃgenas, Sônia Guajajara, destacou que muitos povos indÃgenas vivem uma "verdadeira crise humanitária" no PaÃs. Ao citar os assassinatos do indigenista Bruno Pereira e do jornalista Dom Phillips, Sônia disse que esse "estado institucional" se agravou nos últimos anos, reiterando crÃticas ao ex-presidente Jair Bolsonaro.
"Precisamos voltar a pensar as polÃticas de educação para os indÃgenas, valorizando as identidades plurais, formando professores indÃgenas, ampliando o acesso e a permanência no ensino superior", declarou a ministra, em discurso de posse na tarde desta quarta-feira (11).
Durante a fala, a ministra citou nomes de parentes que morreram pela "bala do fascismo que imperou no Brasil nos últimos quatro anos, derramando, sem pudor, muito sangue indÃgena". Sônia destacou também a força de Bruno e Dom e, em memória deles, saudou os defensores do meio ambiente dos direitos humanos.
"Nós não somos os únicos que necessitam aqui viver. Nós apenas coabitamos a mãe Terra junto com milhões de outras espécies. O desprezo por essas outras formas de vida, as práticas de desmatamento intenso feitas sempre em nome da economia de curto prazo, têm efeitos devastadores para o futuro de todos nós", afirmou a ministra.
'Nunca mais vamos permitir outro golpe no PaÃs'
Sônia criticou os atos golpistas ocorridos no Distrito Federal no domingo, 8, e disse que nunca mais se vai "permitir outro golpe no PaÃs".
Em discurso feito durante cerimônia de posse, Guajajara destacou a resistência dos povos originários e exaltou a força da mulher, a quem atribuiu a "resistência" que não vai admitir o retrocesso no PaÃs. Ela ainda defendeu que não pode haver anistia aos terroristas que depredaram as sedes dos Três Poderes na capital federal.
"(Povos indÃgenas resistem há) Mais de 500 anos de ataques cruéis. Nós não iremos nos render. Estamos aqui hoje nesse ato de coragem, para mostrar que destruir essa estrutura do Palácio do Planalto não vai destruir a nossa democracia. Todas as mulheres do Brasil, para dizermos juntos que nunca mais vamos permitir um outro golpe no nosso PaÃs", disse durante o ato de posse. Ao falar sobre a força feminina, a ministra destacou a ex-presidente Dilma Rousseff (PT), que participa do evento.
A ministra destacou a importância dos indÃgenas na preservação das florestas e na luta contra as mudanças climáticas e afirmou que os povos originários irão construir o "Brasil do futuro". "O futuro do planeta é ancestral. A invisibilidade ancestral é fruto do racismo, da desigualdade. São séculos de violência. Não é mais tolerável aceitar polÃticas públicas que nos tiram uso da terra", declarou.
'Não são mais toleráveis polÃticas inadequadas'
Sônia Guajajara criticou a invisibilidade dada pelo Estado aos povos indÃgenas, fruto, segundo ela, do racismo."São séculos de violências e violações e não é mais tolerável aceitar polÃticas públicas inadequadas aos corpos, à s cosmologias e à s compreensões indÃgenas sobre o uso da terra", defendeu Guajajara, durante sua cerimônia de posse, realizada há pouco no Palácio do Planalto com presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
A ministra relembrou que a pandemia afetou os povos indÃgenas em virtude do que classificou de "negacionismo cientÃfico e criminoso do governo anterior". "As dificuldades no acesso aos serviços de saúde, de saneamento e as falsas informações propagadas, potencializaram literalmente um plano de genocÃdio. Tudo isso levou a um estado de emergência, que através das organizações indÃgenas mobilizou a criação de barreiras sanitárias, diversas campanhas de arrecadação e distribuição de alimentos, os advogados indÃgenas conquistaram grandes vitórias judiciais, promovemos também redes de afetos, solidariedade e somas que permitiram evitar que mais vidas indÃgenas fossem perdidas", afirmou a ministra.
Sônia citou também uma série de "problemas estruturais", que, segundo ela, devem ser encarados como prioridades. "São graves os casos de intoxicações provocados por mercúrio dos garimpos, pelos agrotóxicos nas grandes lavouras do agronegócio; as invasões em nossos territórios; as condições degradantes de saúde e saneamento; o aumento da insegurança alimentar que resultou, inclusive, na morte de inúmeras crianças e idosos indÃgenas e a desproteção dos territórios onde vivem povos indÃgenas isolados", observou Guajajara, lembrando que há 114 povos isolados na Amazônia. "Que se encontram em estado de alta vulnerabilidade, devido ao desmatamento, garimpo ilegal e a grilagem de terras", apontou.
A ministra empossada dos Povos IndÃgenas, Sônia Guajajara, destacou que muitos povos indÃgenas vivem uma "verdadeira crise humanitária" no PaÃs. Ao citar os assassinatos do indigenista Bruno Pereira e do jornalista Dom Phillips, Sônia disse que esse "estado institucional" se agravou nos últimos anos, reiterando crÃticas ao ex-presidente Jair Bolsonaro.
"Precisamos voltar a pensar as polÃticas de educação para os indÃgenas, valorizando as identidades plurais, formando professores indÃgenas, ampliando o acesso e a permanência no ensino superior", declarou a ministra, em discurso de posse na tarde desta quarta-feira (11).
Durante a fala, a ministra citou nomes de parentes que morreram pela "bala do fascismo que imperou no Brasil nos últimos quatro anos, derramando, sem pudor, muito sangue indÃgena". Sônia destacou também a força de Bruno e Dom e, em memória deles, saudou os defensores do meio ambiente dos direitos humanos.
"Nós não somos os únicos que necessitam aqui viver. Nós apenas coabitamos a mãe Terra junto com milhões de outras espécies. O desprezo por essas outras formas de vida, as práticas de desmatamento intenso feitas sempre em nome da economia de curto prazo, têm efeitos devastadores para o futuro de todos nós", afirmou a ministra.
'Nunca mais vamos permitir outro golpe no PaÃs'
Sônia criticou os atos golpistas ocorridos no Distrito Federal no domingo, 8, e disse que nunca mais se vai "permitir outro golpe no PaÃs".
Em discurso feito durante cerimônia de posse, Guajajara destacou a resistência dos povos originários e exaltou a força da mulher, a quem atribuiu a "resistência" que não vai admitir o retrocesso no PaÃs. Ela ainda defendeu que não pode haver anistia aos terroristas que depredaram as sedes dos Três Poderes na capital federal.
"(Povos indÃgenas resistem há) Mais de 500 anos de ataques cruéis. Nós não iremos nos render. Estamos aqui hoje nesse ato de coragem, para mostrar que destruir essa estrutura do Palácio do Planalto não vai destruir a nossa democracia. Todas as mulheres do Brasil, para dizermos juntos que nunca mais vamos permitir um outro golpe no nosso PaÃs", disse durante o ato de posse. Ao falar sobre a força feminina, a ministra destacou a ex-presidente Dilma Rousseff (PT), que participa do evento.
A ministra destacou a importância dos indÃgenas na preservação das florestas e na luta contra as mudanças climáticas e afirmou que os povos originários irão construir o "Brasil do futuro". "O futuro do planeta é ancestral. A invisibilidade ancestral é fruto do racismo, da desigualdade. São séculos de violência. Não é mais tolerável aceitar polÃticas públicas que nos tiram uso da terra", declarou.
'Não são mais toleráveis polÃticas inadequadas'
Sônia Guajajara criticou a invisibilidade dada pelo Estado aos povos indÃgenas, fruto, segundo ela, do racismo."São séculos de violências e violações e não é mais tolerável aceitar polÃticas públicas inadequadas aos corpos, à s cosmologias e à s compreensões indÃgenas sobre o uso da terra", defendeu Guajajara, durante sua cerimônia de posse, realizada há pouco no Palácio do Planalto com presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
A ministra relembrou que a pandemia afetou os povos indÃgenas em virtude do que classificou de "negacionismo cientÃfico e criminoso do governo anterior". "As dificuldades no acesso aos serviços de saúde, de saneamento e as falsas informações propagadas, potencializaram literalmente um plano de genocÃdio. Tudo isso levou a um estado de emergência, que através das organizações indÃgenas mobilizou a criação de barreiras sanitárias, diversas campanhas de arrecadação e distribuição de alimentos, os advogados indÃgenas conquistaram grandes vitórias judiciais, promovemos também redes de afetos, solidariedade e somas que permitiram evitar que mais vidas indÃgenas fossem perdidas", afirmou a ministra.
Sônia citou também uma série de "problemas estruturais", que, segundo ela, devem ser encarados como prioridades. "São graves os casos de intoxicações provocados por mercúrio dos garimpos, pelos agrotóxicos nas grandes lavouras do agronegócio; as invasões em nossos territórios; as condições degradantes de saúde e saneamento; o aumento da insegurança alimentar que resultou, inclusive, na morte de inúmeras crianças e idosos indÃgenas e a desproteção dos territórios onde vivem povos indÃgenas isolados", observou Guajajara, lembrando que há 114 povos isolados na Amazônia. "Que se encontram em estado de alta vulnerabilidade, devido ao desmatamento, garimpo ilegal e a grilagem de terras", apontou.