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ASTRONOMIA

ECLIPSE SOLAR: Veja como o fenômeno será visto em cada região do Brasil

Eclipse ocorre neste sábado, mas será observado de ângulos diferentes; entenda

Eduardo Amaral
Publicado em: 11/10/2023 às 17h:11 Última atualização: 11/10/2023 às 17h:15
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Quem estiver atento aos céus no próximo sábado (14) poderá ver, mesmo que parcialmente, a Lua esconder o Sol. Previsto para ter seu ápice no meio da tarde, o eclipse anular será um momento no qual a lua formará uma espécie de anel de fogo nos céus.

Eclipse solar parcial | Jornal NH



Eclipse solar parcial

Foto: NASA/Bill Ingalls

Porém, diferentemente dos momentos em que o eclipse é total, este não poderá ser visto em todo o globo. De acordo com projeções do Observatório Espacial Heller & Jung, sediado em Taquara, no Rio Grande do Sul, por exemplo, o sol deve ter entre 16% a 20% da área coberta, e o melhor ponto de visualização será entre a faixa noroeste e nordeste. A previsão é que o ápice do fenômeno no Estado aconteça por volta das 16h47.

Já nas regiões norte e nordeste do País, a visualização será bem mais completa, especialmente nas cidades de Natal, capital do Rio Grande do Norte, e em João Pessoa, capital da Paraíba.

Segundo a astrofísica Thaisa Storchi, do Departamento de Astronomia do Instituto de Física da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), essa disparidade na visualização do fenômeno é uma consequência da posição geográfica e dos movimentos de translação e rotação.

“Um eclipse lunar é possível ver em todo planeta, pois a sombra da Lua se projeta sobre o planeta, mas neste caso, a visualização é parcial devido à inclinação da órbita lunar”, explica.

O professor Carlos Fernando Jung, do Observatório Heller & Jung, complementa a explicação da astrofísica. “Os eclipses solares anulares ocorrem geralmente perto dos solstícios, quando a Terra está inclinada em relação à sua órbita ao redor do Sol. Isso é importante porque a inclinação da órbita lunar também desempenha um papel na ocorrência de eclipses anulares.”

Alinhamento

Tupã e Jaci para os povos tupi-guarani, Sol e Lua precisam estar posicionados de uma forma única com a Terra para a ocorrência do fenômeno de sábado. “É necessário que estejam alinhados em uma linha reta, com a Lua posicionada entre a Terra e o Sol”, explica o professor.

Jung ainda ressalta que este fenômeno não é tão comum, justamente em razão da inclinação das órbitas. “A frequência dos eclipses solares anulares depende das órbitas elípticas da Terra e da Lua, o que afeta o tamanho aparente da Lua no céu em relação ao Sol. Em média, podemos esperar que ocorra um eclipse solar anular a cada 1 ou 2 anos em algum lugar da Terra.”

De acordo com astrônomos, o Sol é 400 vezes maior do que a Lua, porém, uma distância semelhante entre os dois astros permite momentos de alinhamento que fazem com que o satélite natural da Terra cubra o Sol. “Este é um fenômeno que só acontece no planeta Terra, é essa distância que faz com que nos céus o tamanho da Lua pareça ser semelhante ao Sol”, explica Thaisa.

Ela conta ainda que como a Lua tem se afastado do planeta, este fenômeno vai acabar um dia. “Daqui 500 milhões de anos, ela estará mais longe e nunca mais teremos eclipse.” Até lá, a humanidade ainda terá muito tempo para comtemplar os eclipses.

Veja o mapa

Visualização do eclipse anular em todo País | Jornal NH



Visualização do eclipse anular em todo País

Foto: Divulgação

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