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LA NIÑA

Dupla La Niña? Entenda o que significa e quais os impactos no clima

Meteorologistas tentam prever a chegada do fenômeno e os possíveis impactos, mas indícios encontrados são ainda mais surpreendentes

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Publicado em: 24/08/2024 às 17h:28 Última atualização: 24/08/2024 às 17h:29
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Mesmo antes do fim do El Niño, os meteorologistas já estavam apostando na chegada do La Niña. Ainda não se sabe exatamente quando o fenômeno irá chegar, mas os meteorologistas estão prevendo outra coisa: um Duplo La Niña. Afinal, o que isso significa?

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Enquanto pode causar chuvas intensas em algumas partes do País, em outras a La Niña causa a seca | abc+



Enquanto pode causar chuvas intensas em algumas partes do País, em outras a La Niña causa a seca

Foto: Rafa Neddermeyer/Agência Brasil

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La Niña ainda vai acontecer neste ano?

“As chances de um evento de La Niña no Pacífico já foram maiores, mas permanece a possibilidade de um evento do fenômeno nos próximos meses”, afirma a MetSul Meteorologia.

Atualmente, os níveis de anomalia de temperatura da superfície do mar no Pacífico Equatorial Central-Leste, na região Niña 3.4, está em 0,0°C. Isso conforme boletim da Administração Nacional de Oceanos e Atmosfera (NOAA), dos Estados Unidos.

O valor indica a neutralidade, que acontece entre -0,4ºC e +0,4ºC. E a tendência é que continue assim pelo menos durante as próximas semanas. 

“Embora a NOAA estime probabilidades de até 72% de La Niña no final deste ano, não estamos convencidos na MetSul Meteorologia de uma probabilidade tão alta.”

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Os próximos cenários possíveis

Os meteorologistas preveem dois possíveis cenários. O primeiro seria um La Niña “muito fraco e de curta duração”, que aconteceria entre a primavera e o verão.

Já no segundo, o cenário segue em neutralidade, apenas com anomalias de temperatura que podem se aproximar do fenômeno, mas sem as características dele.

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Duplo La Niña?

Tanto o La Niña quanto o El Niño, que são muito falados, acontecem no Pacífico. Porém, há também fenômenos com o mesmo nome no Oceano Atlântico.

Apesar de terem pouco impacto no clima do mundo, “uma frase fria pode se configurar”. Isso poderia levar a um La Niña no Pacífico, enquanto o fenômeno acontece também no Atlântico. Assim, o mundo teria um duplo La Niña.

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Desde o começo de junho, as temperaturas da superfície do mar do Atlântico Equatorial central têm ficado em 0,5ºC e 1ºC, o que a MetSul explica ser inferior à média para a época do ano.

Se continuar assim até o final de agosto, conforme a NOAA, o evento do Atlântico pode acontecer, aumentando as chances da dupla chegada.

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O que é o La Niña do Atlântico?

“A La Niña Atlântica é a fase fria de padrão climático natural chamado de modo zonal do Atlântico”, explicam os meteorologistas. Da mesma forma que os fenômenos do Pacífico, eles oscilam entre ciclos frios e quentes em um período específico de tempo.

Na primavera, as águas do Atlântico Equatorial Leste ficam nas maiores temperaturas do ano. Já as mais frias, que são abaixo de 25ºC, são de julho até agosto.

E isso é por conta dos ventos, que são impulsionados pelas tempestades regulares ao redor dos trópicos durante todo o ano. Essas chuvas atraem o ar do Sudeste até o Atlântico.

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Como são ventos fortes e constantes, podem fazer com que a água mais fria, das camadas profundas, chegue até a superfície, no processo chamado ressurgência equatorial.

A partir disso, ele forma uma “língua de água relativamente fria” durante o verão, ao longo do Atlântico. Quando ela é um evento mais frio, é chamado de Niña, já se for mais quente, é Niño.

 

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