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DREX: Moeda digital brasileira ganha nome; saiba como vai funcionar

Anúncio foi feito pelo Banco Central nesta segunda-feira (7). Até então, moeda, que está em fase de testes, vinha sendo chamada de "Real Digital"

Projeto Comprova
Publicado em: 07/08/2023 às 18h:19 Última atualização: 07/08/2023 às 18h:24
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O Banco Central batizou de “Drex” a nova moeda digital brasileira (em inglês, Central Bank Digital Currency – CBDC), que está em fase de testes. O anúncio foi feito pelo BC nesta segunda-feira (7). “Estamos dando um passo a mais nessa família do Pix que a gente criou e fez tanto sucesso”, declarou o coordenador da iniciativa, Fabio Araujo.

DREX: Moeda digital brasileira é anunciada pelo Banco Central | Jornal NH



DREX: Moeda digital brasileira é anunciada pelo Banco Central

Foto: Divulgação/BC

Logo após o anúncio, em transmissão ao vivo, o órgão divulgou um comunicado. “A solução, anteriormente referida por ‘Real Digital’, propiciará um ambiente seguro e regulado para a geração de novos negócios.”

O novo nome foi criado pela área de marketing do BC, com as primeiras letras (D-R-E) fazendo referência a digital, real e eletrônico, e a última (X) a modernidade e conexão. A expectativa é que a nova moeda seja liberada ao público até o fim de 2024.

O que é o Drex?

A nova moeda digital, agora chamada de Drex, não é um criptoativo, como são o Bitcoin e o Etherium. Na verdade, fará parte de uma nova categoria, chamada CBDC. Trata-se da versão digital da moeda soberana de um país, que só pode ser emitida por autoridades monetárias (os bancos centrais).

A moeda será produzida e regulada pelo Banco Central seguindo as regras do Sistema Financeiro Nacional (SFN) e a política monetária brasileira. Um real digital (Drex) será equivalente a um real físico, ou seja, trata-se de uma representação digital do real físico hoje em circulação. 

Ainda de acordo com o BC, bancos centrais de diferentes países já estudam aspectos operacionais e tecnológicos de um possível sistema de CBDC para suas próprias moedas. Aqui vale destacar que não há registro de planos para criação de uma moeda digital “universal”.

Cerca de nove países já lançaram suas CBDCs e outros 71 países, incluindo o Brasil, já estão estudando a sua própria moeda digital. Alguns deles, como a Suécia, a China e a Coreia do Sul, estão em fase de execução dos projetos-piloto.

Pelo que foi divulgado pelo BC até o momento, a ideia é que a CBDC brasileira seja uma alternativa ao uso de cédulas. A princípio, o Real Digital poderá ser convertido para qualquer outra forma de pagamento hoje disponível, como depósito bancário convencional ou real físico.

O Banco Central explicou também que uma das diretrizes para o desenvolvimento de um Real em formato digital é a “interoperabilidade”, ou seja, a comunicação entre o Real Digital e outros meios de pagamento hoje disponíveis à população.

Será possível, por exemplo, fazer pagamentos em lojas, através do prestador de serviço de pagamentos – banco, IP ou outra instituição que venha a ser autorizada pelo BC, ou mesmo através do Pix.

Ainda conforme a instituição, as pessoas poderão também “transferir Reais Digitais para outras pessoas, transformar seus Reais Digitais que estarão em custódia de um banco em depósito bancário convencional, sacar seus Reais Digitais passando para o formato físico, pagar contas, boletos e impostos”.

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